Terapia Ocupacional
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- ItemO brincar enquanto ocupação: sobre a forma e o(s) significado(s) atribuídos pela criança com cardiopatia no hospital(2015) LIMA, Solange Rezende Rabelo de; AITA, Karla Maria Siqueira CoelhoA doença crônica na infância geralmente traz consigo onerosas particularidades. São enfrentados muitos problemas como: longos períodos de hospitalização: reinternações frequentes; terapêutica agressiva, muitas vezes com efeitos indesejáveis advindos do próprio tratamento; dificuldades pela separação dos membros da família durante as internações; interrupção das atividades diárias; limitações na compreensão do diagnóstico; angústia; sofrimento; dor e o medo constante da possibilidade de morte. A hospitalização é um fator importante a ser reconhecido, por ser uma experiência estressante para a criança cardiopata e seus pais, que, na maioria das vezes impõe uma ruptura nos vínculos afetivos com sua família e com o próprio meio ambiente em que vive. Dentre as atividades rotineiras de uma criança que são prejudicadas em função da hospitalização, destaca-se o brincar, o qual é considerado como a principal ocupação da mesma e de fundamental importância para o seu desenvolvimento. Esta pesquisa foi desenvolvida com intuito de compreender o significado do brincar atribuído por crianças cardiopatas no contexto hospitalar. Consistiu em uma pesquisa ancorada na abordagem qualitativa, de orientação fenomenológica, na qual foi utilizado como instrumento a observação livre com registro em diário de campo e aplicação de entrevista aberta. As informações deste estudo foram determinadas a partir da técnica de análise do conteúdo. Os resultados apontaram que durante as brincadeiras, as crianças não exerciam papel de doente, mas sim de crianças. Dentre os significados atribuídos pela criança, destaca-se possibilidade de retomar a infância, interrompida pelo adoecimento e hospitalização, reconectando-se com sua história de vida; o estabelecimento de vínculos e relações de confiança que contribuíram para diminuir a sensação de isolamento e dar continuidade ao seu processo de desenvolvimento humano; e a possibilidade de ressignificar situações e experiências provenientes da hospitalização que fossem por hora desconhecidas e/ou desagradáveis. Portanto concluiu-se que o brincar é uma importante ocupação desempenhada pela criança durante a hospitalização. Nesta perspectiva, apresentou-se como uma "janela" que se abriu em um espaço, o qual possibilitou mais do que olhar a vida, pode-se vivê-la. Janela que pode ser aberta pela própria criança, para que o hospital enquanto lugar de dor e restrições, pudesse dar espaço ao desempenhar a vida e atividades significativas.
- ItemAvaliação do desenvolvimento motor de crianças com cardiopatia congênita acompanhadas no ambulatório da Fundação Hospital de Clínicas Gaspar Vianna, em Belém-PA(2016) LEAL, Laís Sena; SILVA, Rafael Luiz Morais daEste estudo tem por objetivo verificar a coexistência entre desenvolvimento de habilidades motoras e cardiopatias congênitas presentes em crianças acompanhadas no ambulatório da Fundação Hospital de Clínicas Gaspar Vianna, em Belém-PA. Assim como analisar o perfil socioeconômico de crianças com cardiopatia congênita acompanhadas no ambulatório e avaliar o desenvolvimento motor dessas crianças. Nesta pesquisa foi utilizada a abordagem quantitativa. O local da pesquisa selecionado foi o Ambulatório de Cardiologia Pediátrica. Foram selecionadas 30 crianças a partir da utilização dos critérios de inclusão e exclusão, avaliadas utilizando Escala do Desenvolvimento Motor e aplicada entrevista socioeconômica junto ao cuidador. As características motoras avaliadas estão significativamente abaixo do nível normal médio (p-valor <0.05*). Ou seja, diante das crianças avaliadas na amostra, três aspectos do desenvolvimento motor revelam importante risco ao desenvolvimento que são: esquema corporal, organização espacial e organização temporal. Os menores quocientes motores, de risco grave ao desenvolvimento, foram apresentados quando os pais tinham escolaridade de apenas até o ensino médio completo. Os quocientes motores de risco leve ao desenvolvimento foram mais frequentes quando os pais apresentavam apenas até o ensino fundamental completo. Crianças em que os pais cursaram o ensino superior completo demonstraram na maior parte dos quocientes motores avaliados risco leve ou nenhum risco ao desenvolvimento. Diante disto, torna-se cada vez mais necessário o diagnóstico precoce das cardiopatias congênitas, sendo realizado desde um pré-natal preciso, até às consultas regulares ao pediatra. Depois de detectada, é imprescindível que se inicie a conduta necessária para tratamento e minimizem-se assim as consequências e limitações futuras para a criança no enfrentamento de sua rotina. Com base nisto, o terapeuta ocupacional é o profissional que pode atuar no sentido de orientar e minimizar estes atrasos no desenvolvimento motor, atuando através da educação em saúde, estimulação e acompanhamento.
- ItemTerapia Ocupacional e qualidade de vida de pacientes cardiorrenais em tratamento hemodiálitico: um estudo de série de casos em um setor de terapia renal substitutiva (STRS) em Belém - Pará(2016) PONTES, Lívia Mello; PINTO, Sônia Cláudia AlmeidaINTRODUÇÃO: A síndrome cardiorrenal configura a união entre duas doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs) a cardiovascular e a renal crônica. Responsáveis por um alto índice de morbimortalidade no mundo, tende a piorar quando necessita de hemodiálise afetando diretamente a qualidade de vida e o desempenho em papéis ocupacionais. OBJETIVO: O estudo objetivou descrever os possíveis efeitos de um plano de intervenção terapêutico ocupacional com pacientes cardiorrenais em hemodiálise em um STRS no município de Belém/PA. METODOLOGIA: Estudo observacional, transversal, descritivo, analítico, tipo série de casos. Caracterizou-se o perfil sociodemográfico dos 51 pacientes que encontravam-se no STRS da FHCGV no período de Junho a Julho de 2015. Triou-se desses, 15 pacientes que aceitaram participar da pesquisa, com os sujeitos aplicou-se a lista de identificação de papéis ocupacionais e avaliação de qualidade de vida. A etapa seguinte no período de Outubro a Novembro de 2015 foi o plano terapêutico ocupacional em dez atendimentos, repetiu-se a avaliação de qualidade de vida ao final das intervenções. A análise dos dados estatísticos foi realizado no software BioEstat versão 5.3 aplicando foram aplicados métodos estatísticos descritivos e inferenciais. Para os dados quantitativos referentes ao perfil sóciodemográfico foi aplicado o Qui-quadrado. Para analisar a distribuição a qualidade de vida (Whoqol-bref) e dos papéis ocupacionais foi utilizado a correlação linear de Pearson. RESULTADOS: Os pacientes são de maioria do sexo feminino (51%), 51% da amostra são de pessoas idosas, com 41,2 % procedentes de Belém, os principais condicionantes da lesão renal identificados nos antecedentes pessoais foram de 62.7% de pacientes com Hipertensão Arterial Sistêmica e 37,3% para Diabetes mellitus e 72,5% de HAS para antecedentes familiares paternos. As complicações mais frequentes foram 37,3 % cardiovasculares e ósseas; 25,5% infecciosas e 17,6% do acesso vascular. O papel mais afetado foi o de Trabalhador 26,7% no Presente, os mais importantes foram Família (93,3%), Religioso (90%) e Passatempo (90%). CONCLUSÃO: O plano terapêutico ocupacional aplicado com pacientes cardiorrenais em hemodiálise, teve efeito positivo em todos os domínios que compõe a qualidade de vida, demonstrando a importância dessa abordagem no tratamento do paciente cardiorrenal.
- ItemAvaliação do desempenho cognitivo em idosos hipertensos que realizam hemodiálise em um hospital público de referência no Estado do Pará(2017) VIEIRA, Gleice Kelly Caetano; PINTO, Sônia Cláudia AlmeidaIntrodução: Atualmente no Brasil o envelhecimento vem crescendo de forma considerável, tornando a população idosa, uma grande parte da sociedade, trazendo consigo fatores funcionais e cognitivos, apresentando patologias comuns ao envelhecimento, tais como a hipertensão e os declínios cognitivos, ressaltando ainda a grande demanda das doenças renais e cardiovasculares na população em geral. Objetivo: O estudo objetivou avaliar através dos testes mini exame do estado mental e o teste do relógio, o desempenho cognitivo de idosos hipertensos participantes do programa de hemodiálise através de avaliação cognitiva assim como relacionar e identificar a relação da HAS com a terapia hemodialítica. Metodologia: Estudo observacional, exploratório, descritivo, analítico e transversal. Realizou-se a triagem nos prontuários de todos os idosos hipertensos que realizavam a Terapia Renal Substitutiva, no total de 21, porém somente 18 preencheram os critérios de inclusão. Após a triagem a primeira etapa consistiu na aplicação do Termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE) juntamente com o questionário sóciodemográfico e posteriormente fora realizada a aplicação dos testes cognitivos min mental e teste do relógio. Resultados: Os pacientes em sua maioria foram do sexo masculino (61,11%), casados (66,67%), com baixa escolaridade (66,67%) e renda familiar (55,56%), em sua maioria oriunda do interior do Pará (55,56%) e apresentam quadro de diabete Mellitus (83,33%), assim como já necessitaram de internação (100%) e apresentaram complicações infecciosas (72,22%), referindo-se ao desempenho cognitivo foi utilizado o coeficiente de correlação de Sperman onde não foi encontrado relação entre a hemodiálise e o desempenho cognitivo nos idosos hipertensos. Conclusão: Apesar da escassez na literatura sobre a cognição em pacientes renais, conclui-se sobre a importância da realização do rastreio cognitivo, através da aplicação dos testes, para avaliar habilidades e limitações cognitivas importantes em grupos populacionais com características de cronicidade, como o realizado neste estudo, de forma que não venha a passar despercebidas outras patologias ou declínios pertencentes ao envelhecimento, ressaltando a necessidade de profissionais capacitados e suporte integral.
- ItemAvaliação da satisfação da criança portadora de cardiopatia, sobre seu desempenho ocupacional(2017) VIELMOND, Bianca Cristina Oliveira; AITA, Karla Maria Siqueira CoelhoDoenças cardiovasculares (DCV) constituem-se em irregularidades do sistema vascular, podendo ser congênita ou adquirida, que decorrem de diversas implicações clínicas, tendo inúmeras consequências. Estas são repercussões que impactam na vida da criança, podendo ser de aspectos físicos, sociais ou psicológicos, porém comprometem o desempenho ocupacional da criança portadora de cardiopatia. O desempenho ocupacional consiste na habilidade de desempenhar suas ocupações, apresentando relação entre o ambiente, a ocupação e o indivíduo. Esta pesquisa teve como objetivo compreender a percepção que a criança portadora de cardiopatia possui sobre seu desempenho ocupacional. Trata-se de um estudo com abordagem quantitativa e qualitativa, sendo do tipo observacional, não experimental, transversal, descritivo e analítico. A coleta foi realizada com 35 crianças portadores de cardiopatia, através de entrevistas divididas em duas etapas, sendo a primeira utilizou-se o formulário de informações pessoais e em seguida o protocolo da Medida Canadense de Desempenho ocupacional com as crianças do ambulatório da Fundação Pública Estadual Hospital de Clinicas Gaspar Vianna. Os resultados mostraram que 68,5% das crianças entrevistadas apresentam alteração no desempenho ocupacional e a área mais comprometida foi a produtividade apresentando 90,48%, assim englobando as atividades brincar e escola com 54,76% e 28,57%, respectivamente. Essas atividades são consideradas as principais ocupações da criança sendo fundamental para seu desenvolvimento. Os resultados sugerem também que vários fatores estão associados diretamente com o desempenho ocupacional como em que fase da doença houve o diagnóstico, a classe funcional que a criança se encontra, sua condição cirúrgica, entre outros. Foram abordadas as singularidades do COPM, no que diz respeito as classes de ocupações e suas subdivisões. Conclui-se com o estudo a eficácia do protocolo abordado compreender a percepção da criança em relação ao seu desempenho ocupacional, bem como a necessidade da intervenção da Terapia Ocupacional utilizando abordagem centrada no cliente. Diante disso, há necessidade de novos estudos que abordem o desempenho ocupacional e as singularidades dos pacientes portadores de cardiopatia, buscando uma intervenção cada vez mais holística.
- ItemTerapia ocupacional na fase II da reabilitação cardiovascular: um programa de intervenção para mudança de rotina e hábitos(2018) RODRIGUES, Karoline Vitória Silva; PINTO, Sônia Cláudia AlmeidaNo Brasil e no mundo, as Doenças Cardiovasculares (DCV) são as principais causas de morte. A adesão ao tratamento e o controle dos fatores de risco cardiovasculares são caracterizados como um problema de elevada magnitude, sendo as mudanças no estilo de vida os cuidados que mais dificultam a sua efetividade. Neste contexto a Terapia Ocupacional, como profissão que valida e direciona a sua intervenção para a ocupação humana, considera os hábitos e a rotina ocupacional do homem como fatores que podem condicionar os seus cuidados em saúde. Como arcabouço teórico, o Modelo da Ocupação Humana (MOH) pode ser utilizado para fundamentar intervenção da Terapia Ocupacional na mudança dos hábitos e na rotina ocupacional, por meio dos subsistemas de volição, habituação e capacidade de desempenho, que caracterizam e estruturam a ocupação humana. Dessa forma, o estudo teve por objetivos desenvolver e avaliar os resultados de um programa terapêutico ocupacional voltado às mudanças de hábitos e rotina de indivíduos de pós-operatório de cirurgia cardíaca, para promoção da melhora na adesão ao tratamento e controle dos fatores de risco cardiovasculares. Trata-se de um estudo experimental não controlado, com abordagem quantitativa e qualitativa, com teste e reteste. Realizou-se um programa de intervenção terapêutica ocupacional com 7 participantes, de forma individual, direcionado para modificar os hábitos e a rotina ocupacional, de modo a promover melhora na adesão ao tratamento e controle dos fatores de risco cardiovasculares. Como instrumentos de avaliação, utilizou-se o Roteiro Sociodemográfico e Clínico e a Lista de Papéis Ocupacionais para identificação do perfil dos participantes, bem como, utilizou-se o Questionário sobre Fatores de Risco e Adesão ao Tratamento, antes e após a intervenção, para comparação e análise dos resultados do programa proposto. Os resultados apontaram para um aumento de 10% pontos percentuais na avaliação do aspecto fatores de risco e um aumento de 21,10% pontos percentuais na avaliação da adesão ao tratamento. Na análise da rotina ocupacional, identificou-se que os conflitos familiares, a sobrecarga de atividades e a desorganização de atividades na rotina ocupacional indicavam menores resultados na avaliação da adesão ao tratamento e que os participantes que conseguiram maiores modificações nos hábitos e rotina apresentaram maiores evoluções na comparação teste e reteste. Além disto, a análise dos papéis ocupacionais evidenciou que a possibilidade de retorno à atividade laboral e o papel ocupacional do familiar possibilitavam maior motivação para as mudanças dos hábitos. Conclui-se que o estudo identificou uma possível eficácia da intervenção da Terapia Ocupacional no aumento da adesão ao tratamento e controle dos fatores de risco cardiovasculares, por meio de intervenções direcionadas para as mudanças dos hábitos e rotina ocupacional e do reconhecimento e abordagem das ocupações pelo olhar do MOH e dos seus subsistemas.
- ItemPerfil de independência no autocuidado da criança com Síndrome de Down em ambulatório de referência cardiológica na cidade de Belém(2018) AMARAL, Irmara Géssica Santos; AITA, Karla Maria Siqueira CoelhoEste estudo teve como objetivo delinear o perfil de independência nas atividades de autocuidado da criança Síndrome de Down que apresente cardiopatia congênita na faixa etária de 3 a 7 anos e 6 meses e que receba acompanhamento ambulatorial em unidade de referência cardiológica na cidade de Belém. A metodologia utilizada no estudo foi a abordagem quantitativa, de natureza observacional e do tipo transversal que recorre a linguagem matemática para expor seus resultados, a fim de identificar o perfil de independência nas atividades de autocuidado da criança com Síndrome de Down (SD) e Cardiopatia Congênita (CC), a partir do Inventário de Avaliação Pediátrica de Incapacidade (PEDI). Participaram da pesquisa 18 crianças, de gênero masculino e gênero feminino, com síndrome de Down e diagnóstico de cardiopatia congênita estando em acompanhamento no ambulatório de referência em cardiologia do estado (Fundação Pública Estadual Hospital de Clínicas Gaspar Vianna - FPEHCGV), tendo idade compreendida entre 3 anos e 7 anos e 6 meses de idade. Para coleta de dados foram realizadas, junto aos pais/cuidadores, uma entrevista de informações pessoais e a parte I do PEDI referente às habilidades da criança para a as atividades de autocuidado. Através do estudo feito foi percebido que a SD é uma condição que interfere de forma determinante do desenvolvimento de habilidades necessárias para a realização independente das atividades de autocuidado e, quando é acrescido outro problema de saúde como a CC, essa criança apresentará maiores dificuldades para alcançar a independência. O estudo mostrou ainda um grande prejuízo na área de motricidade fina, o que interfere na realização de atividades como manuseio de fechos, abrir e fechar torneira, utilização de utensílios, entre outros. Em sua finalização, o estudo demonstra que o desempenho funcional nas atividades de autocuidado de crianças com SD e CC é inferior ao de crianças com desenvolvimento típico.
- ItemTerapia ocupacional na avaliação da capacidade funcional de pacientes cardiopatas: uma comparação entre pré e pós-cirúrgico(2019) MORAES, Alice da Silva; PINTO, Sônia Cláudia AlmeidaAs doenças cardiovasculares são consideradas um sério problema de saúde pública. A cada dia o índice de mortes por doenças relacionadas ao coração tem aumentado em todo o mundo, dentre essas doenças as mais comuns são o infarto agudo do miocárdio (IAM) e o acidente vascular cerebral (AVC). A necessidade de hospitalização dessa população, por muitas vezes, se torna inevitável e por longos períodos de tempo. O processo de hospitalização e a realização da cirurgia cardíaca podem trazer comprometimentos à capacidade funcional do paciente, que é entendida como a capacidade de manutenção das habilidades físicas e mentais necessárias para uma vida independente e autônoma. Assim, o objetivo desta pesquisa foi avaliar a capacidade funcional de pacientes cardiopatas internados em um hospital de ensino e referência estadual em cardiologia, em pré e pós operatório, utilizando a Medida de Independência Funcional (MIF) como instrumento de pesquisa. Tratou-se de uma pesquisa de caráter quantitativo, observacional, transversal, descritiva e analítica. A amostra da pesquisa foram 11 pacientes cardiopatas em pré e pós-cirurgia cardíaca, internados em um hospital de ensino e referência estadual em cardiologia na cidade de Belém. Dentre os 11 pacientes do estudo, 4 eram do sexo feminino (36,4%) e 7 do sexo masculino (63,6%). A média de idade foi de 57+19. 2 anos e os tipos de cirurgias foram distribuídas da seguinte forma: IAM (n=7), cardiopatia congênita (n=1), cisto no pericárdio (n=1) e valvopatias (n=2). Os resultados evidenciaram que, após a cirurgia cardíaca, 54%,54 dos pacientes apresentaram dependência modificada, necessitando de auxílio em 25%das tarefas, 18,18% apresentaram dependência modificada realizando 50% das tarefas e 27,27% permaneceram com independência completa ou modificada, quando o paciente é independente, mas precisa de alguns recursos (objetos) para auxílios mínimos. Também foi observado que a dimensão de autocuidado foi a que mais sofreu alterações. Concluiu-se que a capacidade funcional dos pacientes pode ser alterada após a cirurgia cardíaca, e que a intervenção da terapia ocupacional na avaliação da condição funcional do paciente hospitalizado, antes e após a cirurgia cardíaca, contribuirá no processo de reabilitação cardiovascular desses pacientes.
- ItemSobre ocupações e os propósitos dos usuários em unidade de terapia intensiva coronariana(2020) FARIAS, Abigail Alexsandra Ribeiro; AITA, Karla Maria Siqueira CoelhoDe acordo com a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), as Doenças Cardiovasculares (DCV) são a principal causa de morte no mundo. Dentre estas ressaltam-se as doenças isquêmicas do coração, as cerebrovasculares, a insuficiência cardíaca e as valvulopatias. O impacto biopsicossocial e ocupacional das DCV é grande, pois atinge uma parcela de adultos em fase produtiva que podem se apresentar assintomáticos ou negligenciarem alguns sintomas. Geralmente, quando o usuário recorre ao centro de saúde já está apresentando quadro grave com manifestação de sintomas necessitando de suporte avançado de vida com hospitalização em unidade de terapia intensiva especializada. A internação no ambiente hospitalar suscita nos usuários uma gama de sentimentos, principalmente em Unidade de Terapia Intensiva (UTI). A partir do olhar da ciência da ocupação e da Logoterapia e Análise Existencial, a hospitalização em UTI é uma condição extremamente complexa, pois favorece o afastamento das ocupações significativas e dependência funcional devido pós cirúrgico da cirurgia cardíaca, o que pode provocar questionamentos sobre a vida. O presente estudo possuiu como objetivo de compreender o ocupar-se de ser usuário em uma Unidade de Terapia Intensiva Coronariana. Realizou-se uma pesquisa exploratória, descritiva, de abordagem qualitativa que teve como instrumento de coleta de dados uma entrevista semiestruturada e análise do conteúdo para avaliação dos resultados do estudo. Participaram da pesquisa cinco pacientes internados em unidade coronariana que estavam em pré e pós-operatório de cirurgia cardíaca. De modo geral, percebeu-se que o estar na UTI envolve sofrimento sendo considerado um desafio. No entanto, pode ser visualizado como um momento de aprendizado e promoção de vida. Os propósitos dos usuários a partir dessa vivência estão relacionados a vida, a realização da cirurgia, ao retorno para casa e as suas ocupações significativas. Além disso, pode-se compreender que apesar de ser uma vivência difícil, com perda de autonomia, com afastamento de suas ocupações, é possível encontrar um sentido no sofrimento. Nesse sentido, o estar na UTI os convidou a ocupar-se de reflexões, de pensamentos, questionamentos sobre a vida, bem como experimentar dedicar tempo para enxergar o essencial para o viver e assumir uma ocupação nova: ocupar-se em se desocupar. Portanto, a realização de valores de atitude permitiu a identificação de propósitos e assim encontrar outros sentidos para esta vivência.
- ItemTerapia ocupacional hospitalar: um programa de intervenção na fase I da reabilitação cardiovascular com pacientes submetidos à cirurgia de revascularização do miocárdio(2020) SILVA, Cristina Gomes da; PINTO, Sônia Cláudia AlmeidaDas doenças cardiovasculares (DCV), o Infarto Agudo do Miocárdio (JAM) é a principal causa de morte cardíaca no Brasil, assim como responsável pelo número elevado de hospitalizações. A Terapia Ocupacional no contexto hospitalar e na reabilitação cardiovascular prioriza o retornar ao maior nível possível da capacidade funcional para o desempenho das ocupações, principalmente as de autocuidado e adaptado ao ambiente hospitalar. A presente pesquisa objetivou construir e aplicar um programa de Terapia Ocupacional na fase I da reabilitação cardiovascular em pacientes de cirurgia de revascularização do miocárdio. Trata-se de um estudo de intervenção quantitativa longitudinal, tipo ensaio clínico não controlado, analítico, descritivo. O programa de intervenção de terapia ocupacional foi realizado com 15 pacientes, com o intuito de melhorar a capacidade funcional e o desempenho ocupacional, utilizando um Protocolo de Terapia Ocupacional em Reabilitação Cardiovascular na Fase I para avaliar e intervir durante a hospitalização, pré-operatório e pós-operatório, com enfoque as atividades de vida diária (AVD). Os resultados indicaram que a população do estudo se caracterizou uma prevalência em pessoas do sexo masculino (73,3%), com variedade de faixas etárias, entre 50 a 59 anos (40%) e de 60 a 69 anos (40%), predomínio ao estado civil casado (53%), concentração de pessoas que possuem o ensino fundamental (46,7%). sua maioria (66,7%) possuem de 1 a 2 salários mínimos e como principal ocupação o trabalho (61%). Em relação as intervenções nas AVD, a atividade que demandou maior intervenção foi a mobilidade (53.30%). As alterações ocorridas na mudança dos sinais e sintomas de intolerância ao desempenhar as atividades foram estatisticamente significantes para as ocupações: mobilidade, mobilidade/transferência, banho, higiene pessoal. O programa implicou na melhora da saturação periférica, e manteve sem alterações a pressão arterial e frequência cardíaca. Conclui-se que o estudo obteve eficácia com o programa de Terapia Ocupacional durante a hospitalização da reabilitação cardiovascular, com enfoque nas AVD, devido todas as atividades apresentarem melhora da capacidade funcional e no desempenho ocupacional.
- ItemDesenvolvimento de um programa supervisionado de terapia ocupacional em reabilitação cardiovascular domiciliar para pacientes em pós-operatório de revascularização do miocárdio(2021) SANTOS, Jaqueline Pamela Moraes dos; PINTO, Sônia Cláudia AlmeidaAs doenças cardiovasculares se apresentam atualmente como um grave problema de saúde pública que causam incapacidades e dificuldades no desempenho ocupacional de cardiopatas. A reabilitação cardiovascular (RCV) é definida como atividades imprescindíveis para assegurar às condições físicas, mentais e sociais do cardiopata da melhor maneira possível. Como parte da equipe multiprofissional, o terapeuta ocupacional atua com o objetivo de possibilitar uma maior independência nas atividades diárias e assim promover o resgate da vida cotidiana do paciente. Desta forma, o presente estudo teve como objetivo desenvolver um programa supervisionado de terapia ocupacional em reabilitação cardiovascular domiciliar para pacientes em pós-operatório de revascularização do miocárdio. Trata-se de uma pesquisa observacional, longitudinal, quantitativa, descritiva e analítica do tipo pesquisa-intervenção, realizada em um hospital público de alta complexidade, referência em cardiologia no Sistema Único de Saúde na cidade de Belém no estado do Pará. Participaram deste estudo 16 pacientes em pós-operatório de revascularização do miocárdio, no período de outubro a dezembro de 2020. Foram utilizados os seguintes instrumentos para coleta dos dados: protocolo de avaliação de terapia ocupacional para reabilitação cardiovascular; protocolo de avaliação das atividades de vida diária para alta hospitalar em terapia ocupacional; ficha de acompanhamento em terapia ocupacional e um manual de terapia ocupacional para alta hospitalar de pacientes cardíacos. O programa ocorreu no período de 4 semanas, sendo que, o acompanhamento semanal ocorreu através de monitoramento não presencial por meio telefônico. O tratamento estatístico das variáveis quantitativas, foi apresentado pela análise de variância de Friedman, análise de Wilcoxon e pelo método pairwise. O perfil sociodemográfico predominante desses pacientes foi de 75% do sexo masculino; 44% encontravam-se na faixa etária entre 61 a 70 anos; 62,5% eram casados e 31% apresentava baixa escolaridade. Na análise dos níveis de independência funcional, os resultados demonstraram significância estatística nas atividades de vida diária de banho, vestir/despir, comer, mobilidade funcional e higiene pessoal. Além disso observou-se que as ocupações de mobilidade funcional e descanso/sono apresentaram as menores escores em relação às condutas de orientações. As manifestações clínicas mais citadas durante o programa de monitoramento foram: edema; dor torácica; cansaço; fraqueza; tontura e náuseas. A partir deste estudo foi possível identificar as necessidades ocupacionais do paciente revascularizado em nível domiciliar e intervir de forma a propiciar a melhoria do acesso ao serviço de saúde, fornecendo aos pacientes e familiares orientações e suporte no pós-alta, melhorando o tempo e a qualidade da assistência em RCV em domicilio.
- ItemParticipação das crianças nas ocupações infantis durante tratamento cardiológico hospitalar(2023) FEIJÓ, Lissa Karine dos Santos; AITA, Karla Maria Siqueira CoelhoSabe-se que as cardiopatias congênitas são as principais causas de internação prolongada, impactando a vida de crianças e seus pais/responsáveis em suas rotinas, interferindo, assim, no desempenho ocupacional destas crianças. Durante a internação hospitalar a criança perde a sua autonomia e é inclusa numa rotina diferente da que ela vivia antes: a rotina hospitalar. Sendo assim, esta pesquisa objetivou compreender a participação das crianças nas ocupações infantis durante tratamento cardiológico hospitalar, assim como identificar as possíveis influências da rotina em cardiologia hospitalar no repertório ocupacional e discutir a participação das crianças em suas ocupações neste contexto. A pesquisa, de cunho qualitativo, foi realizada com crianças com cardiopatia, na faixa etária de 6 a 12 anos de idade, internadas em um hospital público do município de Belém (PA). Para obtenção e registro dos dados, utilizou-se a Ficha de Avaliação do Repertório Ocupacional. Para a análise de dados, utilizou-se o método de análise do conteúdo de Bardin. Participaram da pesquisa oito crianças junto com os seus pais/responsáveis, e os principais resultados apontaram que a hospitalização influencia no desempenho ocupacional das crianças hospitalizadas, principalmente naquelas em que estão em pós-operatório, além de identificar as principais ocupações desempenhadas pelas crianças durante a internação hospitalar e o nível de auxílio necessário para desempenhá-las. É necessário refletir e analisar as demandas ocupacionais infantis e sua participação no contexto hospitalar é pensar no desenvolvimento infantil, na qualidade de vida, na saúde mental e no que o ambiente hospitalar tem a oferecer para este público, para além do cuidado no modelo cartesiano.