Saúde Mental
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- ItemA depressão inserida no processo do envelhecimento(2019) MOREIRA, Eraldo Henrique dos Santos; DUARTE, Maria Selma Carvalho FrotaA mudança na estrutura da pirâmide populacional e o aumento da de vida, nos mostra o grande aumento da população idosa. Esta é uma fase do curso da vida marcada por mudanças físicas, psicológicas e sociais que acometem todos os indivíduos, se caracteriza um momento de reflexão, em que o idoso percebe que alcançou muitos objetivos, mas também sofreu muitas perdas, se tornando um momento de maior vulnerabilidade para que ele desencadeie um quadro depressivo. Diante disso e por ser um tema atual, passei a me inquietar com a possível correlação entre o processo de envelhecer e a depressão. Nesse sentido, fiz um mapeamento dos artigos acadêmicos no período de 2013 a 2018 para melhor entender quais são os fatores determinantes e quais os fatores protetivos do quadro depressivo em idosos. A pesquisa foi realizada segundo produções cientificas publicadas nas bases de dados da BVS (Biblioteca Virtual da Saúde) por meio de consulta a publicações e posteriormente leitura crítica dos títulos e resumos. Após a leitura dos textos relacionados ao tema da pesquisa, definiram-se duas categorias de análise; fatores predisponentes e determinantes do quadro depressivo em idosos e fatores protetivos para prevenir ou amenizar o quadro depressivo em idosos, Os fatores levantados me levaram a perceber que devemos ter uma visão global do idoso, olhar o processo de envelhecimento como um todo, sem realizar uma separação dos aspectos psicossociais com o do biológico. O presente estudo tem como intuito contribuir para que os profissionais de saúde, dentre eles o enfermeiro, tenham uma Visão mais abrangente sobre o tema e a importância do conhecimento sobre transtorno depressivo, diferenciando tal patologia do processo natural do envelhecimento, assim intervindo de maneira adequada e ideal sobre o idoso, buscando a sua melhora, maior autonomia e uma maior qualidade de vida.
- ItemA dificuldade de adesão ao tratamento psiquiátrico: uma análise sob o olhar da Terapia Ocupacional(2016) NASCIMENTO, Mayara Santiago Silva; MACIEL, Marly LobatoO objeto de estudo dessa pesquisa são os fatores que dificultam a adesão ao tratamento psiquiátrico. Essa dificuldade de adesão foi percebida na Clínica Psiquiátrica da FPEHCGV, durante a prática da residência multiprofissional em saúde mental. Observou-se que os indivíduos em sofrimento psíquico vivenciam diversas vezes a experiência da internação e reinternação psiquiátrica. Sendo essa, uma queixa frequente entre profissionais, familiares e pacientes. Baseado nesta premissa, a presente pesquisa objetivou analisar os fatores que dificultam a adesão ao tratamento psiquiátrico, assim como favorecer a discussão sobre o tratamento psiquiátrico oferecido a esses indivíduos em sofrimento psíquico. Utilizou-se para isso, de uma entrevista semiestruturada para coletar os dados da pesquisa. Participaram deste estudo, pacientes internados no Setor de Internação Breve da Clínica Psiquiátrica da FPEHCGV. Os dados empíricos das observações feitas pela pesquisadora e dos questionamentos da entrevista foram analisados através de subsídios teóricos da pesquisa qualitativa, descritiva e de campo, utilizando como método de análise de dados a fenomenologia, com reflexões a partir de unidades de significação, após leitura e releitura dos dados empíricos. Os resultados mostram que fatores como os estigmas relacionados ao adoecimento mental, falta de suporte social e participação da família no tratamento, assim como as dificuldades ocupacionais interferem na adesão ao tratamento psiquiátrico. Mas, que sobretudo, antigas práticas de saúde ainda manicomiais prejudicam o progresso do tratamento. Sendo necessário a mudança desse modelo de tratamento psiquiátrico, hospitalocêntrico, que visa a institucionalização do doente mental e que em nada contribui para a sua reinserção social. Destaca-se nesse sentido, o papel do terapeuta ocupacional como um profissional que contribui para o resgate da cidadania, autonomia e participação social desses indivíduos em intenso sofrimento psíquico.
- ItemA experiência de ser/estar doente dos pacientes internados em uma clínica psiquiátrica(2018) CHAVES, Denise Raissa Lobato; MONTEIRO, João BoscoA existência humana ocorre em pluralidade e em relação com o contexto, assim, o homem como ser-no-mundo é compreendido no seu próprio existir que se dá em relação com o mundo. Portanto, do ponto de vista fenomenológico, a saúde não é considerada como um estado (É), e sim um processo (Ser/estar) no qual o organismo pode se atualizar em conjunto com o mundo em que está inserido e, conforme se transforma e muda, atribui significado a este mundo. Com o adoecer psicopatológico não é diferente: se trata de uma forma que o sujeito encontrou de estar no mundo, como uma saída diante das condições nas quais está inserido e que se mantém em relação. A pessoa com transtorno mental pode passar pela internação psiquiátrica quando necessária e este processo de hospitalização proporciona impactos psicossociais na condição de vida do paciente devido à perda de sua individualidade e a ruptura brusca com o seu cotidiano ao ser inserido na rotina hospitalar pré-estabelecida. O psicólogo necessita compreender que a pessoa possui uma relação com sua condição de Ser ou Estar doente visto que tal aspecto é importante para nortear seu trabalho. Sendo assim, esta pesquisa de cunho qualitativo e descritivo objetiva é analisar a relação do paciente internado em uma clínica psiquiátrica e sua experiência de Ser ou Estar doente. O campo de estudo fora a Clínica Psiquiátrica do hospital de referência em Psiquiatria no Estado do Pará e os instrumentos utilizados para coleta de dados foram o diário de campo e a Entrevista Fenomenológica. A partir de critérios estabelecidos, três (03) participantes foram selecionados e entrevistados. As entrevistas foram analisadas a partir da proposta de Análise de Conteúdo, da qual resultou quatro categorias de análise segundo os objetivos da pesquisa: Self Experiência de Ser ou Estar doente, Tratamento e Internação. Com base na análise destas categorias, pôde-se concluir que a relação que cada paciente estabelece com a experiência de Ser ou Estar doente está diretamente relacionada aos ignificados que compõem o self particular de cada um, modo que a incongruência ou congruência com o vivido e o self também reverberam na sim simbolização em outros elementos associados a própria experiência, como o tratamento, a medicação, a internação e a relação com outros pacientes.
- ItemA expressividade durante a crise psicótica na emergência psiquiátrica da FHCGV: um estudo de caso através do olhar da Terapia Ocupacional(2014) SOARES, Luana Louise Padilha; MACIEL, Marly LobatoAs atividades expressivas proporcionam aos individuas com transtorno mental, inúmeras oportunidades, como a liberdade de expressão, sustentação da sua autonomia criativa, ampliação do seu conhecimento sobre o mundo adequando seu desenvolvimento emocional e social. Baseando-se nos argumentos supracitados, objetivou-se, com esta pesquisa. avaliar as contribuições das atividades expressivas para o individuo em sofrimento psíquica internado no setor de emergência psiquiátrica da FHCGV, identificar o conteúdo expressivo mais abordado pelo usuário e avaliar o Estado Mental e o Desempenho Ocupacional do usuário antes e depois da realização das atividades. Para tanto, foi realizada uma revisão bibliográfica acerca do tema, apontando as principais contribuições na literatura sobre o referido assunto e uma pesquisa de campo que consistiu em um estudo de caso, onde foram realizados doze atendimentos de Terapia Ocupacional utilizando as atividades expressivas enquanto recurso terapêutico e a realização do exame do estado mental e um protocolo de avaliação do desempenho ocupacional no sujeito da pesquisa. Verificou-se que a utilização das atividades expressivas no período de crise psicótica é pouco utilizado no Brasil por não conter esse serviço nas emergências psiquiátricas. Serviço este, essencial no período de sofrimento psíquico intenso não somente por facilitar a expressão de vivencias no verbalizadas, como também estimular a organização psíquica, a organização das AVD, as habilidades cognitivas e permitir a experimentação e o treino das habilidades psicossociais como: interesses e valores, papel dentro da sociedade e relações interpessoais. Neste sentindo a Terapia Ocupacional insere sua atuação junto a complexidade da vida do indivíduo onde a doença também a constitui, utilizando como recurso terapêutico as atividades.
- ItemA importância da história de vida na (re)-construção do projeto terapêutico singular para pacientes em sofrimento psíquico em um centro de atenção psicossocial-CAPS AD(2018) LIMA, Thiene Danusa da Silva; COSTA, Amanda Cristina Ribeiro daO presente estudo teve por objetivo demonstrar a importância das Histórias de Vida de usuários de um CAPS AD em Belém na Construção do Projeto Terapêutico Singular-PTS. Tendo sido desenvolvido por meio de uma pesquisa descritiva, exploratório, de natureza qualitativa sob o aspecto de uma História de Vida, para tanto, utilizamos entrevista aberta, com a seguinte pergunta norteadora Qual a sua História de vida? A entrevista foi gravada através de um aparelho celular e contou com a participação de três usuários dentre os que realizam acompanhamento no CAPS AD. Acreditamos ter conseguido cumprir com o objetivo da pesquisa que foi o de demonstrar que a História de vida deve ser primordial na Construção de qualquer projeto terapêutico, considerando que cada indivíduo, é o dono de sua história, e da mesma forma, deve ser o dono das ações que tratam de si. Dessa forma, pudemos concluir através do estudo, que o CAPS AD, lócus da pesquisa, leva em conta essas Histórias de vida, subjetividades na construção do Projeto Terapêutico Singular.
- ItemA música enquanto instrumento terapêutico ocupacional com pacientes psiquiátricos no contexto hospitalar(2018) SOUZA, Alice Mayara Paiva de; MACIEL, Marly LobatoA partir das vivências e acompanhamentos com os pacientes no início da residência no hospital de Clínicas Gaspar Viana; nas clínicas psiquiátrica pode observar a importância e o significado da música quando se tocava na televisão das clínicas, ou no som utilizado para os atendimentos de lazer na área externa do hospital. Assim, surgiu o interesse de investigar o quanto a música poderia contribuir na qualidade de vida do pacientes psiquiátricos no contexto hospitalar, e o quanto a Terapia Ocupacional poderia contribuir usando como instrumento/recurso a música em seus atendimentos; favorecendo assim a expressão de liberdade, bem-estar, humanização nos atendimentos e tratamento durante a internação hospitalar. Objetivo de Aplicar a música como recurso na Prática da Terapia Ocupacional durante a internação hospitalar de pacientes psiquiátricos no setor de Internação Breve (SIB), com base nos resultados, refletir sobre o uso da música como recurso terapêutico Ocupacional. Trata-se de investigação qualitativa e de orientação fenomenológica. Nos resultados, dois principais temas emergiram: Os Impactos da Música e a potencialidade terapêutica da Música principalmente durante a hospitalização. A qual os impactos podem ser positivos, quando associados ao bem-estar, qualidade de vida, recordações e melhora das relações sociais, ou negativos, de acordo com as preferências musicais ou mensagens contidas que podem ser associadas à interferências no tratamento. Com relação à potencialidade terapêutica, verificou que a música colabora na constituição de vínculos e no desenvolvimento de mudanças pessoais e coletivas, tais mudanças que são bem claras e perceptivas depois de um atendimento usando como recurso a música. Conclui-se que a música promove a liberdade de expressão; mudança no comportamento; expressão de emoções; percepção da realidade e a sua utilização no contexto hospitalar favorece o equilíbrio interno e relação facilita espaços de trocas.
- ItemA percepção de assistentes sociais e familiares quanto às sucessivas internações de pacientes na emergência psiquiátrica da Fundação Pública Estadual Hospital de Clínicas Gaspar Vianna - FPEHCGV(2017) TEMBRA, Regiane de Cássia Gomes; SANTANA, Joana ValenteO presente trabalho intenta analisar a percepção de assistentes sociais e familiares quanto às sucessivas internações de pacientes na Emergência Psiquiátrica da Fundação Pública Estadual Hospital de Clínicas Gaspar Vianna – FPEHCGV. Diante de um contexto de Reforma Psiquiátrica e novos modelos de atenção à Saúde Mental, que visam à desconstrução de políticas hegemônicas, a desinstitucionalização e construção de práticas e saberes na garantia de atenção e direitos de cidadania às pessoas em sofrimento psíquico, o trabalho busca compreender as reinternações de pacientes. A metodologia da pesquisa tem conteúdo bibliográfico, documental e de campo, mediante entrevista com seis assistentes sociais e seis familiares de usuários do serviço da emergência psiquiátrica. Apresenta elementos históricos da Reforma Psiquiátrica e da Política de Saúde Mental, assim como as demandas apresentadas ao Serviço Social e o processo de trabalho na Emergência Psiquiátrica, no qual é o locús da pesquisa. O trabalho apontou que as dificuldades de continuidade de tratamento da pessoa em sofrimento perpassam vários aspectos, dentro os quais a rede de atenção à saúde mental que se apresenta pouco efetiva e articulada. O trabalho demonstra que não é realizado um planejamento nem atendimento direcionado aos pacientes com várias internações, visando minimizar as possíveis reinternações e os agravos na saúde deste usuário. E revelou que as famílias ainda tem pouca compreensão da doença e dificuldade de suporte da rede de saúde mental para enfrentar os momentos de crise como também garantir os direitos e cidadania dos seus entes em sofrimento psíquico. Sendo assim, a pesquisa destaca a importância da discussão de estratégias, na articulação e intersetorialidade entre os serviços.
- ItemA percepção dos familiares em relação à contenção mecânica(2017) ALMEIDA, Bruno Nunes de; BITENCOURT, Margarete CarréraDe acordo com o COFEN (2013) A contenção mecânica de paciente será empregada quando for o único meio disponível para prevenir dano imediato ou iminente ao paciente ou aos demais. Em função da agitação de pacientes em crise psicóticas, alguns podem representar um risco para a própria integridade física. Durante a prática desenvolvida na residência multiprofissional em atenção à saúde mental, foi observada a relevância do estudo quando alguns familiares, expressivamente demostram o desconforto emocional de vê seu parente contido. O presente trabalho objetivou-se em Investigar a percepção dos familiares em relação à contenção mecânica dos pacientes atendidos na emergência psiquiátrica de um hospital público estadual do Pará em referência em psiquiatria. Metodologicamente trata-se de uma pesquisa de campo com base em estudo descritivo, exploratório de abordagem qualitativo, realizado no Hospital de Clínicas Gaspar Vianna, no período de dezembro de 2016, tendo como sujeito da pesquisa 20 acompanhantes de pacientes atendidos na emergência psiquiátrica deste hospital de referência. Para coleta de dados utilizou-se um questionário com perguntas abertas e fechadas sobre o tema. Para a análise dos dados utilizamos a análise de conteúdo, proposta por Bardin na modalidade de análise temática. Dos resultados identificamos que as maiorias dos participantes da pesquisa são do sexo feminino, caracterizando 90% do valor total. Dos acompanhantes entrevistadas 100% têm grau de parentesco, destes entrevistados 70% e o quantitativo que representa a mãe e 30% são dos irmãos. Quando os acompanhantes foram questionados em relação a terem conhecimento do que significa a contenção mecânica, a maioria com o quantitativo de 90% referiu não conhecer o que significava a terminologia, no entanto ao termo pejorativo de “amarração”, todos têm esse conhecimento comum. Em relação à visão dos familiares sobre a contenção mecânica, ficaram bem evidenciados na fala dos participantes, como os sentimentos neste momento estão aflorados e como é difícil, falar de um parente que precisa está contido, vários acompanhantes, principalmente pelo grau de parentesco a maioria ser mãe, muito falaram deste sentimento muito triste e por vezes acabaram chorando. Finalizando com a análise da importância do profissional na orientação em relação a contenção e no apoio ao acompanhante que por vezes fica com o seu psicológico abalado em presenciar a contenção mecânica.
- ItemA reforma psiquiátrica: visão do enfermeiro em um hospital de referência no Estado do Pará(2018) DIAS, Benedita Luciana dos Santos; DUARTE, Maria Selma Carvalho FrotaO presente estudo tem como objetivo descrever como a politica de saúde mental implementada pelo Ministério da Saúde é percebida pelos enfermeiros da FPEHCGV no seu ambiente de trabalho no atual cenário da assistência a saúde mental no Brasil. Resultado da experiência vivenciada na residência multiprofissional em atenção à saúde mental, promovida pela Universidade do Estado do Pará (UEPA). Trata-se de uma pesquisa qualitativa com abordagem descritiva, realizada com cinco enfermeiros de ambos os sexos que trabalham na clínica psiquiátrica. Os dados da pesquisa foram coletados, por meio de entrevista com aplicação de um questionário com perguntas abertas. A pesquisa apontou dificuldades para a concretização da reforma psiquiátrica nos serviços de saúde, observou-se que os resultados desta pesquisa são coerentes com os dados de outras pesquisas semelhantes. Constatamos nos depoimentos que apesar da criação de novos dispositivos assistenciais na rede de atenção à saúde mental, a ala psiquiátrica da FPEHCGV ainda vem enfrentando a superlotação devido os pacientes encontrarem dificuldades de atendimento nos serviços extra hospitalares como aprazamento muito longo nas consultas médicas e falta de medicamentos. O estudo contribuiu para o conhecimento das lacunas e deficiências da atual política de saúde mental e também de suas implicações na atenção terciária, além de despertar para a necessidade de mudanças no atual modelo e maior reflexão sobre o atual cenário da política de saúde mental na garantia de recursos para que os profissionais possam desenvolver ações fundamentadas na perspectiva humanista que prevê abordagem compreensiva e individualizadas. Diante desta constatação identificamos a necessidade urgente de mudanças no modo atual de planejar as ações, faz-se necessário dar maior e melhor visibilidade da situação da assistência à saúde mental no Estado do Pará em todos os níveis de atenção.
- ItemA terapia ocupacional no desempenho de papéis ocupacionais e da autonomia de pessoas internadas em uma clínica psiquiátrica(2018) PIRES, Amanda Corrêa; MACIEL, Marly LobatoO sofrimento mental causa uma série de abalos físicos, emocionais, sociais que podem prejudicar o desenvolvimento e a qualidade de vida da pessoa. A Terapia Ocupacional pode auxiliar no processo de avaliação, adaptação, estímulo das potencialidades e retorno da pessoa com transtorno à sua vida cotidiana, com busca da autonomia e independência. Compreender os papéis ocupacionais e incentivá-los configura-se como um importante instrumento terapêutico, uma vez que possibilita o protagonismo do sujeito em seu tratamento e na vida ocupacional, além de favorecer maior engajamento no processo de seu cuidado. Diante disso, este estudo visa conhecer os papéis ocupacionais através do olhar dos indivíduos internados em uma clínica psiquiátrica a partir de sua identificação sobre os que são exercidos pelos pacientes no setor de internação da Clínica Psiquiátrica, além de investigar os componentes que dificultam a autonomia do paciente psiquiátrico. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica de abordagem qualitativa do tipo pesquisa intervenção, que envolve a análise de conteúdo. Participaram do estudo cinco pessoas internadas em uma clínica psiquiátrica diagnosticadas com transtornos mentais, que participaram da entrevista para aplicação da Lista de Papéis Ocupacionais versão brasileira. Mesmo com as vivências negativas vinculadas ao sofrimento mental que dificultam seu desempenho, os indivíduos apresentam-se com desejo de retomar suas atividades e assim melhorar sua qualidade de vida. Com isso, a pesquisa indicou mudanças significativas nos papéis ocupacionais e na autonomia das pessoas entrevistadas em decorrência da internação psiquiátrica, contribuiu ainda para a construção de um novo contexto, formas de análise e ampliar possibilidades de estratégias terapêuticas ocupacionais na promoção do cuidado na clínica, por meio da aplicação da Lista de Papéis Ocupacionais versão brasileira.
- ItemA visão dos profissionais sobre reabilitação psicossocial no contexto do cuidado ao usuário de álcool e outras drogas(2018) NAZARÉ, Talita Oliveira de; DUARTE, Maria Selma Carvalho FrotaA partir de discussões desenvolvidas em Saúde Pública a respeito da questão do uso de drogas, começaram a surgir propostas para enfrentamento da questão das drogas no país que utilizassem dispositivos de Saúde para atender de forma holística e humanizada as pessoas que fazem uso prejudicial de drogas. A Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) é um exemplo dessa necessidade a fim de articular serviços para garantir a integralidade, equidade e universalidade propostas pelo SUS. A RAPS traz como um dos paradigmas de cuidado a Reabilitação Psicossocial que possui objetivo de transposição do sujeito de condição de "doente mental" para a condição de cidadão. Os Centros de Atenção Psicossociais (CAPS) são Serviços que atuam fortemente dentro da RAPS com ações de Reabilitação Psicossocial. Existem CAPS Álcool e Drogas (CAPS AD), criados para atender exclusivamente esta população pela complexidade que representam o uso de drogas e a dependência química. Assim, este estudo objetivou: conhecer de que forma os profissionais de um CAPS AD entendem e viabilizam a Reabilitação Psicossocial voltada ao usuário de álcool e outras drogas, além de verificar quais práticas de Reabilitação Psicossocial são adotadas pelos profissionais, identificar quais os efeitos e resultados da Reabilitação Psicossocial são observados e investigar quais desafios da Reabilitação Psicossocial são referidos por esses profissionais. Esta é uma pesquisa qualitativa, de caráter descritivo, transversal. Participaram seis profissionais da equipe multiprofissional. Os dados foram coletados por meio de entrevista semiestruturada e as respostas das participantes foram audiogravadas e posteriormente transcritas na íntegra. A análise dos dados foi feita através do método de Bardin, de análise de conteúdo e os resultados foram agrupados em quatro categorias: 1) Definições sobre Reabilitação Psicossocial; 2) Articulação entre serviços de saúde e com outros dispositivos da rede; 3) O trabalho como estratégia de Reabilitação Psicossocial; 4) Morar/habitar e as trocas/redes sociais. Na primeira categoria surgiram termos como "aumento da autonomia do usuário' e “reinserção na sociedade", condizentes com a construção da cidadania dos sujeitos em processo de reabilitação. Uma unanimidade entre as participantes foi elencar as atividades grupais no CAPS como ferramentas a favor da Reabilitação Psicossocial. A segunda categoria evidenciou as dificuldades enfrentadas pelos profissionais em articular ações com outros serviços e as possibilidades de articulação com projetos e movimentos sociais, A terceira categoria mostrou que ainda existem poucas iniciativas relacionadas à inclusão social pelo trabalho, cooperativas de usuários e economia solidária e a quarta categoria traz à tona a falta de moradia como preocupação para os profissionais pois muitos dos usuários que recebem atendimento no CAPS, vivem em situação de rua além das perdas dos vínculos afetivos e sociais associados ao uso de drogas. Pôde-se concluir com esta pesquisa que existe uma necessidade urgente de discutir mais a respeito de Reabilitação Psicossocial nos serviços de saúde mental e fortalecer as articulações intersetoriais.
- ItemAnálise da atuação do Terapeuta Ocupacional na saúde mental com enfoque na ocupação humana: um olhar para a atualidade(2015) SOUSA, Brenda Mayara da Rocha de; MACIEL, Marly LobatoConsiderando que o terapeuta ocupacional intervém em problemáticas físicas, sensoriais, mentais, psicológicas e/ou sociais, utilizando o tratamento por intermédio das ocupações propõe, então, o reengajamento em hábitos cotidianos de autocuidado e de comportamentos sociais. Portanto, pode-se dizer que a terapêutica das ocupações é um fator determinante na Terapia Ocupacional. Assim, o presente estudo objetivou compreender o enfoque dado à ocupação na prática dos terapeutas ocupacionais na saúde mental, constituindo-se de pesquisa de natureza qualitativa, com aplicação de entrevistas estruturadas a nove terapeutas ocupacionais que trabalham na área. Foi realizada nos locais de trabalho dos profissionais (FHCGV, CAPS II, CAPS III, CAPS AD, CAPS i), no munícipio de Belém. Os relatos mostraram que os profissionais apresentam percepção positiva sobre a ocupação e a relação desta com a Terapia Ocupacional; no entanto, percebeu-se abordagens diversificadas na teoria e na prática destes profissionais no que tange ao enfoque dado a ocupação em suas intervenções; observou-se também algumas dificuldades no serviço público devido principalmente a contenção de gastos e a demanda excessiva de pacientes. Observou-se ainda, discursos referentes a carência na formação acadêmica no que diz respeito ao estudo da ocupação. Os profissionais relataram, também, que o favorece sua intervenção é o reconhecimento por parte dos pacientes de se engajarem em ocupações significativas, assim como a literatura que aborda a temática, algumas políticas públicas e o conhecimento construído por parte do profissional. Acredita-se que a realização desta pesquisa apresentou grande relevância, pois permitiu uma articulação entre as práticas dentro da Saúde mental e as principais teorias sobre a ocupação, buscando compreender a atuação desses profissionais, assim como mostrar novos horizontes no intuito de aprimorar as abordagens e intervenções terapêuticas ocupacionais.
- ItemAnálise do nível de atividade física e seus fatores associados em pessoas com transtorno mental(2020) NASCIMENTO, Lívia Patrícia da Silva; COSTA, Victor Oliveira daIntrodução: Os transtornos mentais são agravos não infecciosos, de diversas manifestações, com apresentação de sintomas emocionais e comportamentais, comprometendo as relações Interpessoais, com grave impacto econômico e social. A atividade física está diretamente relacionada à saúde mental. O alto índice de inatividade física é um grande desafio na promoção de saúde pública global, evidências comprovam sua associação a diversas doenças. Objetivo: Identificar o nível de atividade física e seus fatores associados em pessoas com transtorno mental atendidas no serviço hospitalar de saúde mental. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa transversal e analítica com abordagem quantitativa, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Gaspar Vianna. A análise estatística foi realizada a partir dos testes de Shapiro-Wilk; Teste T student e teste Wilcoxon. Foram incluídos pacientes, de ambos os sexos, com idades entre 18 a 59 anos, admitidos no setor da Emergência Psiquiátrica da instituição participante durante o mês de Outubro de 2019. Foi realizada avaliação física, Teste de caminhada de seis minutos (TC6) e entrevista para investigar a prática de atividades físicas, lazer e autocuidado. Resultados: Foram avaliados 16 homens e 14 mulheres. A incidência dos diagnósticos foram 10 Psicose pelo uso de Substâncias Psicoativas, 7 Transtorno Afetivo Bipolar, 7 Psicoses não Orgânica, 3 Esquizofrenia, 3 Transtorno Depressivo. A maioria dos pacientes entrevistados, nunca tiveram emprego fixo, com baixa escolaridade e nível de atividade física, na comparação entre gêneros, as mulheres são mais ativas em relação aos afazeres domésticos, os homens apresentaram melhor desempenho no TC6 (P<0;05), porém, com maior variação nas frequências cardíacas, as mulheres apresentaram menores valores na pressão arterial de repouso (P=0,003) e após o teste (P=0,0008) e menor estatura que os homens (p< 0,0001) associada a maiores médias na perimetria de cintura e quadril, com isso apresentaram maior Índice de Adiposidade Corporal com diferença muito significativa (p< 0,0001), sono prejudicado (em vigília a mais de 5 dias) mais da metade (50,3%) estava matriculado ao CAPS, no entanto nenhum deles participava do grupo de exercício físico. Conclusão: A amostra da pesquisa apresentou baixo nível de atividade física, com significativos problemas de vulnerabilidade social, a presença de um familiar com TM apresenta-se como possível fator de risco para o desenvolvimento do transtorno. Embora os benefícios estejam bem documentados na literatura, a prática de atividades físicas como meio de proposta terapêutica para pessoas com transtornos mentais ainda é escasso. Identificar fatores relacionados à sua prática se faz necessário, a fim de fomentar um olhar crítico em relação ao nível de atividade física, assim fornecer subsídios para o aprimoramento do serviço nas Redes de Suporte voltadas à saúde mental por meio da prática regular de atividade física. Logo, é necessário debater a problemática e se (re)pensar propostas de melhoria e promoção de ações voltada às necessidades desta população.
- ItemAs percepções dos profissionais de saúde de um CAPS em Belém/PA sobre transexualidade(2018) PONTES, George Heverton Moraes; MONTEIRO, João BoscoA transexualidade de acordo com a CID-10 e o DSM-V é caracterizada como um desejo permanente de viver como se fosse uma pessoa do sexo oposto, bem como de ser aceita como tal, o sexo anatômico do indivíduo acaba lhe causando grande desconforto psíquico, já que não vem ao encontro da sua identidade de gênero. A pesquisa pretendeu descrever e analisar a percepção dos profissionais de saúde de um CAPS na região metropolitana de Belém sobre a transexualidade. Para isso, descreveu-se a trajetória do conceito de transexualidade dentro do processo saúde - doença; conheceu-se as políticas públicas disponibilizadas para as pessoas transexuais e levantou-se dados sobre as especificidades no atendimento a este público. Desta maneira, a pesquisa é de natureza exploratória de campo, qualitativa e descritiva. Para a coleta de dados utilizou-se entrevista semiestruturada em anexo, com roteiro previamente elaborado. Para a análise dos resultados utilizou-se as falas significativas agrupadas em categorias de análise segundo a técnica de Análise do Discurso (AO). O material coletado foi transcrito em forma de relato, optando - se por agrupá-la em categorias, intituladas Pedagogias Culturais, A (des)patologização das identidades trans e Determinantes sociais em saúde. Foi possível identificar que, mesmo com a abertura dos profissionais e as discussões atuais acerca de gênero e sexualidade, o discurso prevalente ainda é o cis heteronormativo, ou seja, discursos que visam regular, controlar ou curar as sexualidades entendidas como desviantes.
- ItemAs representações sociais dos familiares sobre as pessoas idosas com transtorno mental: estudo na Casa do Idoso, na cidade de Belém-PA(2014) CARVALHO, Izan Yver Nascimento de; MENDES, Ana Maria PiresPessoas com transtorno mental e pessoas idosas constituem nichos populacionais crescentes na sociedade. Os idosos somam cerca de 20,5 milhões de pessoas, segundo o IBGE (2010), já a OMS (2001) expressa que 45% da população brasileira pode apresentar alguma alteração psiquiátrica durante a vida. Este novo desenho populacional justifica a necessidade de estudos e pesquisas nesta área, a fim de contribuir para o aprimoramento da assistência da equipe multiprofissional ao familiar (subsidiando novas práticas no cuidar), na (res) significação das situações vivenciadas e no desenvolvimento de políticas públicas para o setor. Assim, a problemática fundante deste estudo está em compreender as representações que norteiam o imaginário dos familiares das pessoas idosas com transtornos mentais. É um estudo qualitativo, transversal e à luz da Teoria das Representações Sociais, com base no método compreensivo. Foi realizado na CASA do idoso, no município de Belém-PA, que funciona como referência em cuidados de saúde para a população idosa. Foram realizadas pesquisas bibliográficas e documentais com análise ao conteúdo produzido pelos diálogos com os profissionais daquele órgão durante o cotidiano da pesquisa no campo e sistematizado através do diário de campo, visto que várias tentativas foram realizadas, mas nenhum familiar se dispôs a participar deste estudo. Este trabalho, portanto, apresenta resultado negativo quanto a seus objetivos primeiros, mas positivos quanto a possibilidade de se conhecer um pouco mais do tema e as dinâmicas sociais que permeiam a vida das a pessoas idosas com transtorno mental no seio de sua família e no órgão onde recebem e tratamento especializado em saúde mental.
- ItemAvaliação da competência social de pacientes com sintomas do transtorno bipolar internados no setor de internação breve da Fundação Pública Estadual Hospital de Clínicas Gaspar Vianna no período entre maio e agosto do ano de 2022(2023) PINTO, Maycon Correia; MONTEIRO, João BoscoEste estudo foi desenvolvido no âmbito da Fundação Pública Estadual Hospital de Clínicas Gaspar Vianna, tendo como objetivo avaliar a competência social de pacientes com sintomas do transtorno bipolar internados no Setor de Internação Breve da Fundação Pública Estadual Hospital de Clínicas Gaspar Vianna no período entre maio e agosto do ano de 2022. Tendo como procedimento metodológico o roteiro de entrevista, Instrumento de Qualidade de Vida da Organização Mundial da Saúde, Inventário de Habilidade Sociais, sendo dez o número de participante da pesquisa que foram entrevistados. O Autor da pesquisa chegou a conclusão que as pessoas que são hospitalizadas apresentam boa competência social e busca de conviver melhor com as pessoas em suas famílias e demais lugares de convivência na sociedade vislumbrando a importância de ver a virtude das pessoas seja qual for a condição e/ou o momento da vida que esta possa estar vivendo. Foram mais de vinte horas de entrevistas e diversos relatos coletados que fizeram o autor chegar a esta ideia e conclusão.
- ItemAvaliação da sobrecarga dos familiares idosos cuidadores de pacientes psiquiátricos(2017) SILVA, Deisiane Amorim da; OLIVEIRA, João Sérgio de SousaIntrodução: A presente pesquisa retrata o processo de desinstitucionalização psiquiátrica e as mudanças ocorridas no núcleo familiar que passaram a ser corresponsáveis pelo tratamento dos pacientes. Essa mudança alterou a forma como a família vinha participando dos cuidados ao familiar com transtorno mental, mas essas modificações também acarretaram dificuldades em lidar e desempenhar o papel de cuidador principal o que tem contribuído para um sentimento de sobrecarga nesses familiares. Além disso, familiares com idades mais avançada vem exercendo cada vez mais o papel de cuidadores principais de filhos ou de outros membros familiares. Embora, haja alguns estudos relacionados à idosos cuidadores, eles ainda são insuficientes em comparação ao aumento da participação ativa dos idosos, principalmente no que se refere à cuidadores de paciente psiquiátricos onde o tema é pouco explorado. Objetivo avaliar a sobrecarga imposta aos familiares idosos cuidadores de pacientes psiquiátricos. Metodologia: O método utilizado foi de caráter transversal, observacional e descritivo, participaram da pesquisa 15 familiares idosos que acompanhavam o paciente no período de internação psiquiátrica entre agosto e dezembro de 2016. Sendo aplicado o questionário sociodemográfico e a escala de Avaliação da Sobrecarga dos Familiares de Pacientes Psiquiátricos (FBIS-BR). Resultados: Os dados indicaram a predominância do sexo feminino e com maior prevalência na faixa etária de 65 a 75 anos. Foi observado maior grau de sobrecarga objetiva na assistência na vida cotidiana no que se refere a encorajar, lembrar o paciente sobre o uso da medicação ou garantir o uso mesmo que seja às escondidas. A maior sobrecarga subjetiva foi a preocupação dos familiares idosos com o futuro do paciente. A identificação da sobrecarga objetiva e subjetiva em familiares cuidadores de pacientes psiquiátricos confirmam os investigados em outros estudos com familiares de outras faixas etárias. Portanto, o cuidado com a pessoa idosa é uma questão que deve estar presente nos debates dos profissionais que atendem essa demanda, afim de proporcionar uma visão crítica da realidade imposta ao familiar idoso.
- ItemClassificação do nível de dependência de cuidados de enfermagem na emergência psiquiátrica de um hospital de referência em Belém, Pará(2020) LAMEIRA, Larisse Jéssica de Freitas; ALENCAR, Mônica Florice AlbuquerqueAs diversas situações práticas experimentadas em serviços de Emergência Psiquiátrica evidenciam dificuldades relacionadas à insuficiência quanti-qualitativa de recursos humanos em enfermagem e a escassez de estudos a respeito de Sistemas de Classificação para pacientes psiquiátricos. Esta problemática motivou o desenvolvimento de um instrumento para classificar o Nível de Dependência de pacientes no setor de Emergência Psiquiátrica em um Hospital de Referência em Belém, Pará. Sendo assim, o estudo objetivou propor o instrumento citado, aplicá-lo e validá-lo, verificando as possíveis contribuições da implantação deste instrumento para a segurança do paciente. Tratou-se de um estudo qualiquantitativo, do tipo descritivo, exploratório. Participaram como juízes 10 enfermeiros vinculados a Emergência Psiquiátrica da Fundação Hospital de Clínicas Gaspar Vianna. Os resultados obtidos demonstraram concordância dos juízes quanto a: acrescentar mais 2 indicadores críticos no instrumento, percebendo-se, também a relevância da aplicação deste instrumento à rotina dos profissionais de enfermagem da EP/FHCGV, pois, além de contribuir para a melhoria da segurança da assistência aos pacientes psiquiátricos, o instrumento proposto ofereceu, ainda, agilidade e qualidade aos cuidados desenvolvidos pela equipe de enfermagem envolvida nas atividades assistenciais, além de facilitar, ao enfermeiro gestor, o gerenciamento do plano de cuidados a ser desenvolvido pela equipe sob sua supervisão.
- ItemConstruindo saberes sobre transtorno mental com a família do paciente do setor de internação breve da Fundação Hospital de Clínicas Gaspar Vianna(2014) DIAS, Rachel de Siqueira; LINS, Cristina Bastos AlvesCom as políticas públicas de desinstitucionalização, surgem novas formas de cuidado, a família está inserida nessa proposta. Ela foi por muito tempo destituída do lugar de cuidadora, e hoje lhe é atribuído não só o dever do cuidado, sendo fundamental na ressocialização, adesão ao tratamento e redução de recidivas. Pretendemos aqui identificar os saberes da família acerca do transtorno mental, sua origem, sintomas, formas de tratar. Foram realizados 08 grupos, com 40 famílias, lançado mão de perguntas norteadoras. Essas falas, transformadas em relatos, serão apresentados como saberes, analisados a partir do referencial teórico. A relevância desta pesquisa está na identificação, acolhimento, e valorização dos saberes e usá-los como instrumentos para mudar condutas, aprimorando dispositivos de atenção. O resultado sobre o entendimento do transtorno mental se apresenta como manifestação espiritual, estranhamento, comportamento errado, descontrole, doença incurável, que necessita de medicação. Sua manifestação se dá a partir de mudanças de comportamento, de eventos estressores, hereditariedade, necessitando de internação. A dificuldade de lidar com os sintomas, se dá por conta da dificuldade de adesão ao tratamento, não aceitação da cronicidade, e sintomas como agressividade que gera medo. As formas de lidar se relacionam à aceitação do transtorno, à necessidade de internar, medicar, cuidar na família, mas com estrutura, o tratamento espiritual. O tratamento dentro da rede de Serviços aparece como prioritário e voltado somente para situações de crises. Havendo uma dicotomia, bom serviço, relacionado a internação, prestado numa estrutura física ruim. Tratamento inadequado de alguns funcionários com o paciente e com os próprios familiares. Sobre o que fazem em situação de crise aparece à internação, em raras falas aparecem formas substitutivas, não estando assimiladas pelas famílias escutadas. Na qualidade da assistência se referem à estrutura física e o tratamento dispensado como ponto negativo. Concluindo, espera-se que os saberes desses familiares sejam valorizados e que seja dada continuidade ao grupo de família.
- ItemContenção mecânica: a importância e impasses na assistência de enfermagem ao paciente com transtornos mentais(2020) GONÇALVES, Carla Gabrielle da Costa; DUARTE, Maria Selma Carvalho FrotaIntrodução: A abordagem à pessoa com transtorno mental em situação de emergência é de tal importância que, se realizada com segurança, prontidão e qualidade é capaz de determinar a aceitação e a adesão dessa pessoa ao tratamento. Também, pode ser concebida como a mais importante tecnologia de um serviço de emergência, por meio dela, pode ser efetivada a escuta ativa pelo profissional, expressando o respeito à singularidade do paciente, oferecendo lhe respostas adequadas e cuidado de enfermagem resolutivo. Objetivo: pesquisa tem como objetivo geral o interesse em compreender quais os impasses, bem como, benefícios da contenção mecânica de pacientes com transtornos mentais, por meio das atividades dos enfermeiros. Método: Trata-se de uma revisão da literatura, a qual apresenta como vantagem a possibilidade de sintetizar e viabilizar a análise do conhecimento científico já produzido sobre o tema investigado. As fontes bibliográficas utilizadas originam-se de periódicos indexados nas bases de dados: Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Índice Bibliográfico Espanhol de Ciências da Saúde (IBECS), Cochrane, Bases de Dados de Enfermagem (BDENF), Scientific Electronic Library Online (SciELO), Cumulative Index to Nursing and Allied Health Literature (CINAHL), Scopu PubMed, Portal de Periódicos CAPES e a Web of Science. Para tanto, foram utilizados os respectivos descritores da área de saúde: Restrição Física; Cuidados de Enfermagem; Transtornos Mentais. Resultados: Em meio ao percurso socioevolutivo da sociedade, constata-se que o imaginário popular consolidou a crença de que os indivíduos com algum tipo de transtorno mental são perigosos, agressivos, não possuindo capacidade de compreender e responder de modo efetivo abordagens verbais ou não. Conclusões: a amplitude dessa crença é desproporcional ao número de pessoas que manifestam comportamentos que constituem risco real em situações de exacerbação dos sintomas decorrente do transtorno. A técnica de contenção física envolve o uso de dispositivos mecânicos ou manuais para limitar as ações do paciente, quando esse oferece perigo para si e para terceiros. Esses recursos devem ser utilizados somente depois de esgotadas todas as alternativas como abordagem verbal, mudanças no ambiente, eliminação de fatores externos que podem influenciar negativamente o comportamento do paciente.