Prevalência de fatores de riscos cardiovasculares no IAM com supradesnível do segmento ST, em um hospital público de Belém/PA
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2020
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Resumo
Um dos maiores desafios do século XXI são as Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), devido o seu alto impacto social, econômico e de saúde pública que elas causam. A prevalência de DCNT, dando como exemplo a Hipertensão Arterial, acarreta ao indivíduo maiores riscos de desenvolver Doenças Cardiovasculares. As Doenças Cardiovasculares (CV) possuem altas taxas de prevalência, sendo consequência das alterações nos hábitos de vida da população. Dentre as doenças cardiovasculares, o Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) é o principal representante das doenças isquêmicas do coração. Esta pesquisa intenta conhecer a prevalência dos fatores de risco cardiovasculares em pacientes infartados com supradesnível do segmento ST que participaram do Programa Boas Práticas Clínicas em Cardiologia na FHCGV. Especificamente, a intenção desta pesquisa foi caracterizar o perfil socioeconômico dos pacientes diagnosticados com Infarto Agudo do Miocárdio com Supradesnível do Segmento ST; identificou-se a preexistência dos seguintes fatores de risco: obesidade e sobrepeso, hipertensão arterial, diabetes mellitus, sedentarismo, tabagismo e dislipidemia; elaborou-se uma tecnologia em saúde do tipo educativa para a sensibilização sobre riscos cardiovasculares. Trata-se de um estudo epidemiológico, transversal descritivo, com abordagem quantitativa. O presente estudo teve como local de pesquisa a Fundação Hospital de Clínicas Gaspar Viana. A coleta de dados ocorreu no período de abril a junho de 2019, a partir do acesso aos dados da Pesquisa Boas Práticas Clínicas em Cardiologia. Foram utilizados dados referentes aos anos de 2017 e 2018. Participaram da pesquisa pacientes que tiveram diagnóstico de Infarto Agudo do Miocárdio com Supradesnível do Segmento ST, totalizando 251 pacientes. Os dados obtidos foram organizados em uma planilha do programa Excel e posteriormente os resultados foram expressos através da estatística descritiva, sendo apresentados por meio de tabelas e gráficos. O fator de risco mais prevalente neste estudo foi o sedentarismo (77,3%), relatado pela falta de exercício físico. Em ordem decrescente de incidência, os demais fatores de riscos, como o tabagismo, hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus, e dislipidemia, estiveram presentes em (66,9%), (59,8%), (50%), (27,1 %), (16,7%), respectivamente. A porcentagem relacionada ao tabagismo foi somada ao uso do cigarro atualmente ou no passado. Destes, (53,9%) fumavam há mais de 10 anos. Foi elaborada uma tecnologia educativa do tipo cartaz, a mesma foi baseada nos fatores de risco estudados. Os resultados evidenciaram importante relação entre os fatores de riscos cardiovasculares propostos e infarto agudo do miocárdio, sendo assim, possível realizar sua prevenção através do controle eficaz dos mesmos. Nesta perspectiva, espera-se que ocorra uma maior vigilância sobre os fatores de risco para doenças cardiovasculares e os grupos vulneráveis, a fim de promover saúde e prevenir doenças. A utilização de uma tecnologia em saúde do tipo cartaz, com ilustrações que falam por si, além de um breve texto informativo, se faz importante no processo ensino/aprendizagem dos profissionais de saúde junto à população.
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Palavras-chave
Fatores de risco; Doenças cardiovasculares; Infarto do miocárdio; Educação em saúde.
Citação
PINTO, Bruna Feitosa. Prevalência de fatores de riscos cardiovasculares no IAM com supradesnível do segmento ST, em um hospital público de Belém/PA. Monografia (Programa de Residência Multiprofissional em Atenção à Saúde Cardiovascular) – Fundação Pública Estadual Hospital de Clínicas Gaspar Vianna; Universidade do Estado do Pará. Belém, 2020.