Fatores de risco para mortalidade na lesão renal aguda em unidade de terapia intensiva

Resumo
OBJETIVO: Avaliar o perfil clínico-epidemiológico dos pacientes com diagnóstico de lesão renal aguda em unidade de terapia intensiva; avaliar a intervenção precoce do nefrologista como fator prognóstico na evolução da lesão renal aguda e o desfecho clínico destes pacientes. MÉTODO: Estudo retrospectivo, descritivo, do tipo transversal, realizado mediante coleta de dados em protocolos de avaliação da interconsulta da nefrologia, em pacientes avaliados no período de janeiro de 2010 a novembro de 2011 com diagnóstico de lesão renal aguda. Foi utilizado para preenchimento das variáveis do estudo um protocolo padrão contendo os critérios de inclusão. RESULTADOS: Dos 175 pacientes analisados a maioria era do sexo masculino (62,86%) e com idade média superior a 50 anos (78,85%). A maioria dos pacientes (96%) possuía pelo menos uma comorbidade, sendo a cardiopatia a mais freqüente (75,43%). A solicitação de avaliação pelo nefrologista deveu-se principalmente a elevação de escórias nitrogenadas (97,14%), seguida de oligo-anúria (49,71%). Não houve neste estudo correlação entre o desfecho da lesão renal aguda e o tempo transcorrido entre a elevação de escórias e o chamado do nefrologista. O óbito ocorreu em 51,43% dos pacientes. CONCLUSÃO: Houve predomínio de lesão renal aguda em maiores de 50 anos do sexo masculino, tendo a cardiopatia como principal comorbidade. O óbito foi a evolução mais freqüente, principalmente entre os que realizaram hemodiálise.
Descrição
Palavras-chave
Lesão renal aguda; Fatores de risco; Unidade de terapia intensiva; Hemodiálise.
Citação
MELO, Aline Barbosa de; SILVA, Pamela Tolentino da. Fatores de risco para mortalidade na lesão renal aguda em unidade de terapia intensiva. Artigo Científico (Programa de Pós-Graduação e Residência Médica em Nefrologia) – Fundação Pública Estadual Hospital de Clínicas Gaspar Vianna. Belém, 2012.
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