Cardiologia

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    Uso de hemocomponente em cirurgias cardíacas de um hospital referência no Estado do Pará
    (2024) PAIXÃO. Gabriel Chahini; SILVA NETO, Innocencio do Nascimento; ROSA NETO, Adalberto
    Este trabalho analisou o uso de hemocomponente no intra-opertório e pós-operatório de pacientes adultos submetidos a cirurgia cardíaca no Hospital de Clínicas Gaspar Vianna da cidade de Belém-PA no período de Janeiro a Maio de 2023. Foi um estudo retrospectivo, documental, quantitativo e descritivo, feito a partir da consulta de dados dos prontuários dos pacientes submetidos a cirurgia cardíaca no período proposto. Os dados foram coletados mediante formulário criado pelo Google Forms®, tabulados e tratados quantitativa e descritivamente em planilhas eletrônicas do programa Excel®. Posteriormente, foram tratados pelas estatísticas descritiva e inferencial. A análise de dados revelou que houve transfusão na maioria dos procedimentos (67,6%) no intraoperatório, enquanto no pós-operatório uma parcela considerável (37,5%) também recebeu hemocomponente. Além disso, houve associação com significância estatística entre transfusão e incidência de complicação pós-operatória como lesão renal aguda, infecção de ferida operatória, sepse e óbito. Não foi possível levantar um N significativo do uso da tromboelastografia como guia terapêutico, sugerindo que o exame fora pouco utilizado ou não registrado adequadamente. Tudo isso reforça a importância do uso criterioso da hemoterapia no cenário da cirurgia cardiovascular, como forma de diminuir as complicações relacionadas ao uso indiscriminado de hemocomponentes.
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    Protocolo clínico de cuidados paliativos em cardiologia
    (2024) BEMBOM, Lucas Vinagre; ROSA NETO, Adalberto
    As doenças cardiovasculares são uma preocupação global de saúde, sendo responsáveis por uma parcela significativa de mortes, especialmente no Brasil, onde afetam desproporcionalmente a população mais vulnerável. Obter dados representativos é crucial para superar desigualdades e oferecer cuidados de qualidade. Os cuidados paliativos surgem como uma abordagem essencial, visando proporcionar suporte integral aos pacientes e suas famílias. A Fundação Hospital de Clínicas Gaspar Vianna (FHCGV) busca implementar um protocolo de cuidados paliativos em cardiologia, alinhado às diretrizes do SUS e da OMS. Este estudo visou elaborar um protocolo clínico de cuidados paliativos em cardiologia para a FHCGV, padronizando os critérios de elegibilidade e as medidas de controle de sintomas, respeitando a singularidade de cada paciente. Foi realizada uma revisão sistemática da literatura, abrangendo as bases de dados PUBMED, BVS e Google Acadêmico, além de sites de instituições de saúde reconhecidas. Os descritores utilizados foram "cuidados paliativos", "cardiologia" e "protocolos". Foram identificados 187 estudos, dos quais 3 foram selecionados após aplicação de critérios de inclusão e exclusão. A implantação de um protocolo clínico de cuidados paliativos em cardiologia na FHCGV é essencial para atender às necessidades dos pacientes e seus familiares, proporcionando suporte integral em todas as fases da doença. A pesquisa destaca a importância dos cuidados paliativos como uma abordagem holística, não limitada a pacientes terminais. A identificação precoce dos pacientes elegíveis é crucial, assim como a abordagem multidisciplinar e personalizada. A implementação desse protocolo representa um avanço na assistência, oferecendo uma abordagem humanizada e contribuindo para a melhoria da qualidade de vida dos pacientes com doenças cardíacas graves.
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    Correlação entre o BNP e o perfil clínico dos pacientes atendidos no ambulatório de insuficiência cardíaca em um hospital de referência em cardiologia em Belém do Pará no ano de 2022
    (2023) REGO FILHO, Getro da silva; MONTEIRO, Antônio Maria Zacarias Araújo
    Introdução: O BNP é um hormônio produzido majoritariamente pelo tecido cardíaco em resposta ao estresse da parede dos ventrículos, devido aos crescentes volumes e das pressões de enchimento, que ocorrem na insuficiência cardíaca. As recomendações classe I, nível de evidência A para dosagem de BNP são quando há dúvida no diagnóstico de IC e para estratificação prognóstica desses pacientes. Medidas seriadas de BNP para guiar o tratamento apresentam recomendação mais fraca, devido à falta de estudos robustos que corroborem essa indicação. Objetivo: Determinar se existe correlação entre a redução do BNP e a melhora do perfil clínico dos pacientes com IC. Metodologia: Foi realizado um estudo retrospectivo, com coleta de dados de prontuários de 150 pacientes que foram atendidos no ambulatório de IC. Para avaliar o perfil clínico dos pacientes, os pesquisadores utilizaram a classe funcional NYHA e a FEVE fornecida pelo ecocardiograma. A melhora ou piora desses parâmetros foi comparada com os níveis séricos de BNP após pelo menos 6 meses de seguimento ambulatorial. Os dados foram organizados no programa Microsoft Excel 2010. Os testes foram executados com o auxílio do software Bioestat 5.5. Resultados: Foram analisados 150 prontuários, destes 100 foram excluídos, conforme estabelecido nos critérios de exclusão. Houve correlação, estatisticamente significativa, entre a redução do BNP e a melhora da classe funcional (p=0,003), bem como entre a redução do BNP e a melhora da FE (p=0,016). Conclusão: A redução dos níveis séricos de BNP estiveram associados com a melhora da fração de ejeção e da classe funcional dos pacientes atendidos no ambulatório de IC.
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    Conhecimento dos níves de pressão arterial e metas de controle segundo o VI Joint por pacientes hospitalizados por doença arterial coronaria
    (2009) OLIVEIRAS, Deborah de Alencar; CARDOSO, Gracilene Lobato; VASCONCELOS, Érica Moussalem; REIS, Helder
    De modo geral a população desconhece seus níveis pressóricos como também os valores preconizados para o controle da hipertensão arterial (HA). Quando conhece, geralmente refere apenas o valor da pressão arterial (PA) sistólica. Estimou-se o conhecimento das metas de controle da PA, segundo o VI Joint, por pacientes hospitalizados por doença arterial coronariana (DAC). Foi realizado um estudo de coite transversal, entre setembro de 2006 e fevereiro de 2007, com 237 pacientes consecutivamente hospitalizados por DAC no maior hospital público de Belém, Pará. As entrevistas foram realizadas na instituição, após 48h da hospitalização. Os pacientes responderam a questões sobre seus níveis de PA no dia da entrevista e no dia anterior, tempo de diagnóstico e sobre valores de controle da PA. A análise é preliminar, estratificada por variáveis sócio-demográficas, estimando-se as do conhecimento dos níveis da pressão em dois dias consecutivos durante a internação. DO grupo, 59% eram homens (H), 40,7% deles entre 40-59 anos e 30,9% das mulheres (M) estava nesse grupo etário. Não houve diferença entre os gêneros no que diz respeito à raça, escolaridade e classe social, embora as M apresentassem os piores indicadores sociais; 45% dos H tinha HA há pelo menos 5 anos e 47% das mulheres eram hipertensas há mais de 5 anos. Cerca de 65% dos participantes cursava o primeiro episódio de IAM ; 79,4% das M e 71,4% dos H que se sabiam hipertensos eram informados dos seus níveis de PA pelos médicos (p<0,05). Somente 63,3% dos H e 50,5% das M informaram valores de controle da HAS, com 88,9% e 85,7% de acertos, respectivamente (p<0,05); 57,8% dos H e 50,5% das M informaram valores preconizados para normalidade da PAD, com 92,6 e 87,7% de acertos, respectivamente. Os demais participantes não souberam informar. Os resultados demonstram que uma parcela razoável dos pacientes não conhecia seus níveis de PA registrados durante a internação bem como dos níveis de normalidade da PA, mas a maioria dos que sabia referiu valores preconizados.
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    O sexo masculino como o principal fator de risco associado ao infarto agudo do miocárdio em pacientes jovens
    (2010) LIMA, Adriana da Silva; PEREIRA, Kleber Renato Ponzi
    Fundamento: Embora o infarto agudo do miocárdio (IAM) em pacientes jovens apresente crescente incidência nos últimos anos, as características clínico-angiográficas deste grupo de indivíduos ainda não estão totalmente definidas. Objetivo: O presente estudo buscou observar a incidência dos fatores de risco tradicionais, as características clínicas-angiográficas bem como a evolução a curto prazo dos pacientes jovens acometidos de IAM. Métodos: Estudo de coorte, retrospectivo, mediante a análise de prontuários de pacientes atendidos consecutivamente no Setor de Urgência e Emergência de um Hospital Referência em Cardiologia, com idade menor que 45 anos e diagnóstico de infarto agudo do miocárdio (IAM) a admissão, no período de janeiro de 2006 a dezembro de 2008. Foi aplicado teste estatístico conforme indicado. Resultados: Avaliaram-se 36 pacientes com idade média de 38 anos (29-44 anos) sendo a grande maioria do sexo masculino (33 pacientes; 91.7 %; p< 0.05). Dentre os antecedentes pessoais destacaram-se o tabagismo (20 pacientes; 55%) e a hipertensão arterial (17 pacientes; 47.2 %). As principais artérias com lesão estenótica significativa à coronariografia foram: a descendente anterior (20 pacientes; 55 %), a circunflexa (10 pacientes; 27 %) e a coronária direita (8 pacientes; 22 %). Ao ECG de admissão, as áreas com alteração isquêmica localizaram-se nas paredes anterior (14 pacientes; 39 %) e inferior (13 pacientes; 36 %) do coração. Nenhum paciente evoluiu a óbito durante a fase hospitalar. Conclusão: Na população estudada, constituída de jovens acometidos por IAM, a quase totalidade era do sexo masculino, com história de tabagismo, apresentava lesão estenótica significativa na artéria descendente anterior em mais da metade dos casos e evoluiu bem durante a internação hospitalar.