Medicina Intensiva
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- ItemRelato de caso: tamponamento cardíaco como manifestação inicial de hipotireoidismo primário(2012) PEREIRA, Roberta Góes de Mello; REIS, Helder José LimaO hipotireoidismo é uma doença de caráter multissistêmico, que pode se apresentar ao clínico de diversas formas, sendo uma delas não usual, o derrame pericárdico, uma complicação cardiovascular que, associada ao hipotireoidismo, atinge 30-80% de casos na literatura 1,2. No entanto, o acontecimento de hipotireoidismo e tamponamento pericárdico é um evento raro. Neste artigo, relatamos o caso de uma paciente que se apresentou com derrame pericárdico, evoluindo rapidamente para tamponamento cardíaco e cuja etiologia deveu-se ao hipotireoidismo primário. Por ser ocorrência pouco comum, foi realizada uma breve revisão da ocorrência de tamponamento cardíaco no hipotireoidismo, incluindo artigos com relatos de casos semelhantes.
- ItemInjúria renal aguda em pacientes com sepse grave e choque séptico: análise dos índices prognósticos em unidade de terapia intensiva(2013) VALE, Cássia Souza Farias de; RIBEIRO, Lígia Maria Rosas Fontenele; REIS, Helder José LimaAnalisar os índices prognósticos de pacientes internados em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) com injúria renal aguda devido ao quadro de sepse grave e choque séptico e correlacionar os índices prognósticos neste grupo de pacientes. A injúria renal aguda tem elevada incidência em pacientes críticos, sendo um fator de risco independente para alta morbimortalidade. O grande impacto da IRA e sepse grave/ choque séptico em pacientes sob cuidado de UTI leva à necessidade de determinar seu comportamento nessa população, bem como avaliar os índices prognósticos.
- ItemCuidados paliativos: análise de conduta de médicos intensivistas(2016) CAMPOS, Camilla Soares Arraes; CORDEIRO, Carolina Pinheiro Ramos; MATOS, Lígia Maria Fontenele deEsta pesquisa tem como objetivo geral analisar a variabilidade de condutas entre os médicos das Unidades de Terapia Intensiva da Fundação Hospital e Clínicas Gaspar Vianna (FHCGV) em situações de cuidados de fim de vida. Este estudo será realizado por profissionais médicos (Residentes da Terapia intensiva do HCGV), através de um questionário adaptado em dois estudos prévios. O primeiro foi realizado em UTIs de 21 países e utilizou um questionário com casos clínicos hipotéticos e alternativas de múltipla escolha a respeito de conduta prática, conduta ideal e autonomia do paciente. O questionário foi adaptado em estudo brasileiro de 2011 que avaliou a associação entre características de médicos intensivistas e a variabilidade de condutas em cuidados de fim de vida. O questionário foi novamente adaptado no presente estudo (Anexo 1), com substituição ou retirada de alternativas pouco aplicáveis à dinâmica da instituição por outras que representam delegação de responsabilidade corriqueira no serviço. Consta de dois casos clínicos hipotéticos, porém de perfil semelhante ao do serviço, com desdobramento em situações clínicas que requerem tomada de decisões a respeito de suporte artificial de vida.
- ItemInfluência do balanço hídrico no pós-operatório de cirurgia cardíaca(2017) FEIO, Diego Felipe Silva; REIS, Helder José LimaIntrodução: A cirurgia cardíaca é um procedimento complexo que implica em alterações de vários mecanismos fisiológicos. A sobrecarga hídrica ocorre prontamente no âmbito da cirurgia cardíaca em função da alteração da função contrátil do coração (cardioplegia), assim como pela infusão de hemoderivados e estratégias liberais de infusão de volume. A porcentagem de sobrecarga hídrica (Percent of Fluid Overload - PFO) tem sido considerada um novo biomarcador associado a aumento da mortalidade do paciente crítico, aumento do tempo ventilação mecânica, internação na UTI e insuficiência renal. Objetivos: Avaliar a influência do balanço hídrico nos desfechos clínicos de pacientes em pós-operatório de cirurgia cardíaca. Métodos: Estudo observacional retrospectivo realizado no período de maio a novembro de 2016 na Unidade de Terapia Intensiva Coronariana (UCA) da Fundação Hospital de Clínicas Gaspar Vianna (FHCGV). Foram registradas variáveis demográficas (nome, sexo, idade e outras), comorbidades associadas, tempo de ventilação mecânica, balanço hídrico diário da internação na UCA até alta ou óbito, débito urinário. Aplicação do EuroScore (sistema de estratificação de risco que avalia a mortalidade predita do paciente candidato a cirurgia cardíaca), SOFA (Sequential Organ Failure Assessment Score), AKIN (Acute Kidney Injury Network) e KDIGO (kidney Disease Improving Global Outcomes). Foi realizado estudo destas variáveis de acordo com o percentual de sobrecarga hídrica ( Percent Fluid Overload -PFO) considerando como ponto de corte o valor de 10%. Resultados: Sessenta e cinco pacientes participaram da pesquisa. A mortalidade encontrada foi de 9,2% (n=6). Houve predominância de homens com 69.2% (n=45). A idade média foi de 58.7 + 15.5, com 36,9% (n=24) na faixa etária de 61 - 70 anos. O Tempo de internação de 6.9 + 5.6 dias. O EuroSCORE baixo risco (69,2%/ n= 45) foi predominante. Não houve significância estatística entre o número de pacientes que apresentaram PFO <10% aqueles com >10%, respectivamente 49.2% (n=32) e 50.8% (n=33). Todos os óbitos foram de pacientes com PFO>10%., Não houve diferença significativa em relação ao tempo de de ventilação mecânica (4,5 horas x 8,5 horas: p=0.4697 ), tempo de internação (8 dias x 8.6 dias; p= 0.3612) e injúria renal aguda, 60% (n=39) dos pacientes foram classificados em algum estágio de AKIN/KDIGO, 22,6% (n=7) em estágio 3 encontravam-se com PFO >10%. O SOFA teve valores mais elevados naqueles com PFO >10% (admissão - 5,6; 24h- 4,3; 48h - 4.5;72- 4.8) quando comparados aqueles com PFO < 10% (admissão - 4,9 ; 24h-3,9 ; 48h -3,7;72 -3,3), no entanto não houve significância estatística na amostra estudada (p=0,3961). Conclusão: A sobrecarga hídrica (PF0>10%) teve associação com mortalidade, estando presente na maioria dos pacientes que evoluíram a óbito, Evidências apontam para pior evolução nestes pacientes. Mais estudos locais são necessários para avaliar a importância de estratégias mais criteriosas e restritivas de infusão de fluidos.
- ItemReadmissões precoces na UTI: uma análise clínica e relação com o escore Stability and Workload Index for Transfer(2023) SILVA, Natália Noemi Dias da; Uruçu, Lorena MartelIntrodução: A taxa de readmissão na UTI (em especial readmissões precoces) é um indicador de performance importante da qualidade do cuidado intensivo, por poder estar relacionado à qualidade da assistência prestada. O objetivo deste estudo é analisar as reinternações precoces na UTI em estudo e, assim, conhecer a incidência de readmissões, identificar o perfil de pacientes que reinternam precocemente e analisar se estas readmissões puderam ser preditas pela pontuação no escore SWIFT e se eram evitáveis. Métodos: Foi realizado estudo descritivo retrospectivo, a partir da coleta de dados referentes a reinternações registradas em um período de um ano em uma UTI clínico-cirúrgica de um Hospital de Ensino localizado na região Norte do país. Foi considerado readmissão quando o paciente foi reinternado na UTI em uma mesma internação. As readmissões que ocorreram em até 48h após a alta foram classificadas como precoces. Resultados: Foram analisadas 496 internações novas, havendo uma taxa de readmissão total de 7,5%, 30% das reinternações foram classificadas como precoces (taxa de reinternação precoce de 2,3%). Ao avaliar as readmissões precoces, foi observada predominância do sexo masculino (62,5%), com média de idade de 58 anos, e maioria com capacidade funcional prévia à internação classificada como “independente”. Os diagnósticos iniciais mais frequentes foram choque séptico e cardiogênico, além de pós operatório imediato de cirurgias do trato gastrointestinal. No momento da alta da UTI, 62,5% apresentaram pontuação menor que 15 no escore SWIFT. As principais causas de readmissão precoce foram relacionadas ao sistema neurológico, seguido pelo cardiovascular. O diagnóstico da readmissão estava relacionado ao da 1ª internação em sua maioria e o principal desfecho na UTI após a readmissão foi o óbito (62,5%); 50% foram classificadas como possivelmente evitáveis, 12,5% como evitáveis e 37,5% como inevitáveis. Conclusão: A incidência de reinternações em menos de 48h se mostrou aceitável, estando abaixo do que foi encontrado em alguns hospitais de perfil semelhante, podendo significar uma análise positiva em relação à qualidade da assistência prestada. Dos pacientes com pontuação elevada no escore SWIFT, pequena parcela foi classificada como possivelmente evitável pela equipe da UTI, reforçando a ideia de que as readmissões são multifatoriais e mais estudos são necessários para que se avalie com mais acurácia o risco de readmissão. Sendo levantada, ainda, a questão de que há a necessidade de se discutir o aperfeiçoamento de estratégias assistenciais pós alta para os pacientes de maior risco, prevenindo sua a deterioração clínica e retorno à UTI.