Psicologia

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    Identificando estratégias de enfrentamento ao suicídio a partir da escuta terapêutica
    (2021) FALEIRO, Ana Cláudia Pithan; NASCIMENTO, Rodolfo Valentim Carvalho do
    Esta pesquisa surgiu a partir do rodizio em um Centro de Atenção psicossocial (CAPS) do Tipo III, que faz parte do Sistema Único de Saúde (SUS), realizado par residentes de um programa de Residência Multiprofissional em Atenção à Saúde Mental, Ofertado pela Universidade Estadual do Pará — UEPA, vinculada à Fundação Hospital de Clinicas Gaspar Vianna — FHCGV. O rodizio durou três meses e nele foi possível a oferta de Psicoterapia Breve de Orientação Psicanalítica a usuários do serviço citado. Participaram da pesquisa 6 sujeitos, usuários do CAPS, adultos-jovens. de ambos os sexos, que ingressaram em Psicoterapia durante o período em que o grupo de residentes esteve em rodizio no espaço referido. Um Caderno de Vivências foi utilizado pela psicoterapeuta para os registros de suas impressões, intervenções e afetos mobilizados durante os acompanhamentos psicoterápicos, No presente trabalho, a partir do estudo desse Caderno de Vivências, construímos um relato das experiências e utilizamos unidades de Significação para apresentar os resultados e discussão. A pesquisa em questão buscou identificar estratégias de enfrentamento diante da ideação suicida o tentativa de suicídio de usuários que estiveram em psicoterapia com a psicóloga residente. além de investigar o papel do vinculo terapêutico na mobilização das estratégias de enfrentamento e compreender seus a partir do processo psicoterápico. Acreditamos que o presente trabalho contribui para a compreensão das estratégias empregadas pelas pessoas que sofrem com a ideação suicida ou que já passaram pela tentativa de suicídio, enriquece o entendimento da importância do SUS e dos serviços de Psicologia ofertados na saúde pública do pais, nesse caso a psicoterapia, E demonstra o papel do vínculo psicoterápico e da rede de apoio social da de pessoas com ideação suicida. Observamos que a aliança que produz vinculo projeta o psicoterapeuta como destaque na rede de apoio do paciente. Se há vinculo forte o cliente pede ajuda, aceita orientação, aciona atitudes protetivas e isso atua pela manutenção da vida. Pedir ajuda e, anterior a isso, manter uma rede de apoio, além de manter ocupações que impactem na rotina surgiram como estratégias utilizadas pelos usuários acompanhados frente à ideação e ao suicídio.
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    Um hospital geral e suas concepções da loucura
    (2015) CARVALHO, Jhéssica Dias de; LINS, Cristina Bastos Alves
    A monografia intitulada "Um Hospital Geral e suas concepções da loucura" objetivou conhecer as concepções acerca da loucura produzidas por diferentes profissionais que compõem a Fundação Hospital de Clínicas Gaspar Vianna, especificamente por profissionais que não dispõem de experiências nas áreas da Psiquiatria e/ou Saúde Mental. Dessa maneira, a pesquisa tem caráter qualitativo e descritivo, a partir principalmente da Análise do Discurso proposta por Michel Foucault e dos seus estudos acerca da História da loucura. A coleta de dados se deu em três encontros denominados de grupos de conversação, com duração de 90 minutos cada um. Estes encontros aconteceram dentro da instituição hospitalar, com a participação dos profissionais da Clínica Médica, da Clínica Cirúrgica e do Serviço de Apoio Diagnóstico. A facilitadora dos grupos se utilizou de algumas perguntas norteadoras para provocar a conversação, que tinha como tema central loucura. A partir da conversação, aconteceu a contação de histórias e, consequentemente, saberes foram construídos possibilitando conhecer as concepções da loucura e do louco, a partir das histórias que contaram os três grupos de conversação. Na análise destes, foi possível identificar os discursos relacionados às seguintes temáticas: a) a loucura como distúrbio, transtorno e descontrole: b) o louco como alguém que gera medo e insegurança: c) o tratamento: e, d) a Reforma Psiquiátrica. Foi possível identificar que apesar das conquistas alcançadas a partir da Reforma Psiquiátrica, muitos dos modelos vigentes em séculos passados perduram nas concepções da loucura que os profissionais apresentam ainda hoje. Com isso, nota-se que as estruturas dos manicômios permanecem instaladas, seja em sua concretude, seja na mentalidade das pessoas, as quais continuam a acreditar que o louco precisa ser controlado, normalizado, equilibrado para atender as demandas sociais.
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    Uma relação entre a religiosidade e os delírios religiosos
    (2019) BEZERRA, Marilucia de Souza; MONTEIRO, João Bosco
    A religiosidade é um tema de importante discussão, para tanto é relevante que se compreenda a diferença entre espiritualidade, que é a busca interna de si e religiosidade, que está relacionada a crença, o jeito de seguir e praticar uma religião, e a representação de crenças, símbolos, dogmas, rituais em busca de facilitar o acesso ao sagrado. Delírios místicos ou religiosos são aqueles em que se acredita ser uma entidade divina, ou se caracteriza como ferramenta desse ser. A espiritualidade e a religiosidade, demonstram desempenhar papéis essenciais na vida psíquica das pessoas, podendo repercutir de forma tanto positiva quanto negativa, Diante disso este trabalho tem por objetivo analisar como a relação entre os delírios religiosos e a religiosidade influenciam no tratamento de pacientes internados com transtorno mental em uma clinica psiquiátrica. Para tanto foi utilizado um Estudo de Caso Múltiplo com propósito exploratório e abordagem qualitativa. Os resultados e discussão mostraram que os familiares acreditam no tratamento medicamentoso para seus entes, embora afirmem que a cura será obtida na crença religiosa, enquanto que nos pacientes foi observada a não aceitação da medicação, Identificou-se que os conteúdos dos delírios religiosos são influenciados pelo contexto religioso de cada paciente ou familiar. A busca da religiosidade pode ser motivada pelo sentimento de desamparo diante de situações limitantes. Por fim, que a religião é positiva nos aspectos sociais e de apoio, e negativa os pacientes à medida que contraria a sua crença religiosa.
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    Construindo saberes sobre transtorno mental com a família do paciente do setor de internação breve da Fundação Hospital de Clínicas Gaspar Vianna
    (2014) DIAS, Rachel de Siqueira; LINS, Cristina Bastos Alves
    Com as políticas públicas de desinstitucionalização, surgem novas formas de cuidado, a família está inserida nessa proposta. Ela foi por muito tempo destituída do lugar de cuidadora, e hoje lhe é atribuído não só o dever do cuidado, sendo fundamental na ressocialização, adesão ao tratamento e redução de recidivas. Pretendemos aqui identificar os saberes da família acerca do transtorno mental, sua origem, sintomas, formas de tratar. Foram realizados 08 grupos, com 40 famílias, lançado mão de perguntas norteadoras. Essas falas, transformadas em relatos, serão apresentados como saberes, analisados a partir do referencial teórico. A relevância desta pesquisa está na identificação, acolhimento, e valorização dos saberes e usá-los como instrumentos para mudar condutas, aprimorando dispositivos de atenção. O resultado sobre o entendimento do transtorno mental se apresenta como manifestação espiritual, estranhamento, comportamento errado, descontrole, doença incurável, que necessita de medicação. Sua manifestação se dá a partir de mudanças de comportamento, de eventos estressores, hereditariedade, necessitando de internação. A dificuldade de lidar com os sintomas, se dá por conta da dificuldade de adesão ao tratamento, não aceitação da cronicidade, e sintomas como agressividade que gera medo. As formas de lidar se relacionam à aceitação do transtorno, à necessidade de internar, medicar, cuidar na família, mas com estrutura, o tratamento espiritual. O tratamento dentro da rede de Serviços aparece como prioritário e voltado somente para situações de crises. Havendo uma dicotomia, bom serviço, relacionado a internação, prestado numa estrutura física ruim. Tratamento inadequado de alguns funcionários com o paciente e com os próprios familiares. Sobre o que fazem em situação de crise aparece à internação, em raras falas aparecem formas substitutivas, não estando assimiladas pelas famílias escutadas. Na qualidade da assistência se referem à estrutura física e o tratamento dispensado como ponto negativo. Concluindo, espera-se que os saberes desses familiares sejam valorizados e que seja dada continuidade ao grupo de família.
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    Ensaio sobre a historia contemporânea da loucura
    (2020) SOUZA, Silvanie Campos de; NASCIMENTO, Rodolfo Valentim Carvalho do
    Este trabalho teve como objetivo realizar uma análise discursiva com base nos pressupostos foucaultianos, sobre a construção da ideia do que seria o louco e a loucura ao longo da história da humanidade, destacando os conceitos científicos e biomédicos sobre o normal e o patológico, e os jogos de poder presentes nessas relações. Desta maneira, realizou-se uma pesquisa bibliográfica na revista Cadernos Brasileiros de Saúde Mental, onde obtiveram-se 257 textos que abordavam diretamente ou tangenciam temas em saúde mental. Dentro dessa aquisição fez-se a escolha dos artigos que traziam concepções acerca da loucura, sobre o perfil do usuário em saúde mental, assim como faziam uma análise socio histórica em relação a construção do concerto em questão. Para a análise dos dados optou por organizá-los em três categorias com base na convergência dos temas. Sendo assim, nota-se que o conceito vem modificando-se ao longo do tempo, passando de uma ideia de endeusamento da loucura/louco na Grécia antiga para o enclausuramento a partir do Renascimento e o silenciamento e medicalização com a era Moderna. Não obstante dos leprosos dos sujeitos com doenças venéreas ou dos loucos, nos dias atuais tem-se uma possível reformulação do discurso da loucura onde uma nova configuração vem tomando forma por meio dos sujeitos em dependência química.