Psicologia

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    Significados atribuídos por crianças cardiopatas à cirurgia cardíaca e à sua condição de vida no pós-operatório ambulatórial
    (2015) RIBEIRO, Gabriela Di Paula Dias; PAMPOLHA, Simone dos Santos Abraão
    Esta pesquisa objetivou compreender os significados atribuídos por crianças com cardiopatia congênita à cirurgia cardíaca no pós-operatório ambulatorial, assim como averiguar como aquelas significam sua condição de vida depois de abrir o coração. A metodologia escolhida constituiu a abordagem qualitativa, que permite ao pesquisador entrar em contato com a realidade individual da pessoa, e acessar a forma como ela significa determinado evento em sua vida, sem pretensões de generalizações ou replicações acerca dos resultados encontrados. A estratégia metodológica foi o estudo de casos múltiplos que propicia maior abrangência de casos, sem desconsiderar a singularidade de cada um, com o intuito de retratar o fenômeno estudado de forma mais profunda e detalhada possível, a fim de compreendê-lo a partir do seu contexto. Os instrumentos utilizados foram: entrevistas com os cuidadores e a técnica de expressão livre, a partir do desenho da criança. Este estudo foi realizado com cinco crianças, na faixa etária de 7 a 12 anos, cardiopatas sem comorbidades associadas, que haviam se submetido à cirurgia cardíaca e que realizam acompanhamento no Ambulatório de Cardiologia de um hospital de referência na região Norte. Os resultados foram analisados a partir do referencial teórico da Psicologia do desenvolvimento, da Saúde e Hospitalar e do desenho Infantil como via de expressão de significados. A partir dos significados apreendidos dos desenhos, do diário de campo e da fala das crianças os resultados foram divididos em dois momentos: "Quando eu abri o coração: significados atribuídos por crianças à cirurgia cardíaca" e "Depois de abrir o coração: a vida cotidiana e suas limitações". Observou-se que a criança com cardiopatia congênita significa a cirurgia como um evento assustador e de forte impacto psicológico, e, após retornar para o seu cotidiano, enfrenta dificuldades e limitações impostas pela patologia. Demonstraram que o suporte emocional, familiar e psicológico é um fator fundamental para o enfrentamento da intervenção cirúrgica após a alta hospitalar. Além disso, o acompanhamento multiprofissional ambulatorial da equipe de saúde torna-se imprescindível a fim de possibilitar um melhor desenvolvimento infantil das crianças com cardiopatia congênita.
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    Dificuldades relacionadas ao enfrentamento da doença em pacientes cardiorrenais: uma experiência da residência em psicologia num hospital público
    (2018) MIRANDA, Ivaí Malheiros; REIS, José de Arimateia Rodrigues
    Introdução: No contexto mundial e brasileiro as doenças cardiovasculares e renais caracterizam-se como um problema de saúde pública, pelo alto número de pessoas acometidas e o alto custo que os seus tratamentos exigem. No momento em que a disfunção cardíaca aguda ou crônica propicia a disfunção renal aguda ou crônica, caracteriza-se a Síndrome Cardiorrenal, sendo que este processo também pode acontecer de forma inversa. O tratamento dessa doença é complexo, com dietas, ampliação de repertório de hábitos de vida saudáveis, medicamentos, exames invasivos e nos casos mais agravados há a necessidade de se realizar hemodiálise e procedimentos cirúrgicos. Compreende-se que realizar o tratamento de forma eficaz requer do paciente e por vezes da família, uma série de estratégias de enfrentamento que contribuam significativamente para este processo de cuidado, visto que o mesmo se configura como uma situação de estresse, e tem implicações diretas no planejamento de vida traçado pelo sujeito, ao ter que deparar-se constantemente com vários sentimentos e emoções que não propiciam a saúde do paciente. Objetivo: identificar as principais dificuldades que se fazem presentes nos pacientes quando vivenciam o tratamento da Síndrome Cardiorrenal. Metodologia: trata-se de um estudo com enfoque no método qualitativo, de cunho descritivo, na qual participaram 3 pacientes entre 18 de 59 anos, acometidos tanto por uma DC quanto DR, internados na Fundação Hospital de Clínicas Gaspar Vianna, no setor de clínica médica. Os dados foram coletados dos prontuários e por entrevistas semi-estruturadas. As falas dos participantes foram analisadas pela técnica de Análise de Conteúdo de Bardin (2006). ANÁLISE DE DADOS E DISCUSSÃO A partir da coleta de dados emergiram três categorias 1) Aspectos preventivos quanto à saúde trata sobre o acesso ao serviço de saúde, a organização da rede, o perfil dos pacientes atendidos pela rede de saúde, entre outros; 2) Dificuldades relacionadas ao tratamento destaca-se os impasses e complicadores existentes para a realização do tratamento eficaz, como condição socioeconômica, moraria, cultura, concepção de sujeito de direitos, entre outros; 3) Sentimentos e significados relacionados ao enfrentamento do adoecimento tais como, angústia, medo, raiva, culpa, baixa autoestima, perda de função social, ansiedade, entre outros. CONSIDERAÇÕES FINAIS através da pesquisa pode-se concluir que a prevenção não está sendo realizada de forma adequada nos serviços de saúde, gerando agravamento da cronicidade dos pacientes. Salienta-se que a questão de os pacientes morarem longe do serviço de referência prejudica o seu acesso e permanência no tratamento, gerando dificuldades para ele e para o cuidado da equipe. Considera-se que as dificuldades e os sintomas emocionais e subjetivos que estão relacionados a doença, também se caracterizam como impasses para o tratamento eficaz.
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    As repercussões da cardiopatia congênita na infância: o desenvolvimento emocional da criança na relação mãe-filho
    (2019) SOUSA, Taline Silva; CARVALHO, Francineti Maria Rodrigues
    O desenvolvimento, de maneira geral, é um estado dinâmico que tem a finalidade de evolução, está em constante mudança para melhor adaptação. No início da vida do ser humano, pode-se dizer que a mãe exerce um papel imprescindível para que o seu desenvolvimento se torne plenamente possível. Além das atividades para o cuidado natural do bebê, como nutri-lo, acalentá-lo e higienizá-lo, a psicanálise freudiana apresenta uma perspectiva mais profunda da dependência do bebê em relação à sua mãe: há uma relação simbiótica entre a mãe e o bebê, ambos serão um só e haverá um só corpo para dois. Portanto entende-se que a relação materna é o fator mais importante não só no desenvolvimento físico da criança como na constituição psíquica desta, ou seja, é na relação materna que surge o sujeito. Essa relação, carregada de afeto, investimento e idealização, poderá sofrer desajustes em situações de abalo como a ameaça de desintegração ou perda de uma das partes envolvidas (mãe ou filho). A cardiopatia do filho é uma condição que pode abalar profundamente essa relação atingindo, por conseguinte, o desenvolvimento emocional da criança, uma vez que provoca na própria mãe sentimento de insegurança, medo e até mesmo culpa, prejudicando, assim, a transferência saudável e apropriada para que a criança constitua sua psique. O atual trabalho é um estudo descritivo de natureza qualitativa, para avaliar aspectos emocionais de crianças com cardiopatia congênita internadas em uma clínica pediátrica cardiológica que estavam acompanhadas de suas respectivas mães. Foi realizada avaliação psicológica em 3 crianças, considerando anotações feitas dos atendimentos psicológicos e observação de conduta das mesmas. E aplicada entrevista semiestruturada às mães, para que se fosse considerado o contexto materno na análise dos aspectos emocionais de seus filhos. Verificou-se a necessidade da psicologia e outras áreas da saúde promover estratégias para que a mãe busque e consiga também cuidar de si, pois ao promover o autocuidado, estará também cuidando do bem-estar de seu filho.
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    O sofrimento psíquico de pacientes diante da cirurgia de revascularização do miocárdio
    (2014) FERREIRA, Vanessa Queiroz; DINIZ, Patrícia Bentes
    o adoecimento do coração é uma desordem orgânica que traz para o sujeito uma ameaça de morte real e iminente. Descobrir um problema cardíaco coloca o ser humano em frente com a sua própria finitude, sendo o coração considerado um órgão vital e imprescindível para a vida, o adoecimento deste órgão pode gerar um intenso sofrimento psíquico. Considera-se que o tratamento cirúrgico geralmente traz consigo uma carga significativa de dramaticidade para os indivíduos que a ele se submetem. Trata-se de um tratamento invasivo, muitas vezes considerado agressivo, em que estão presentes a ansiedade e o medo. Nesse sentido, a cirurgia cardíaca é uma vivência de grande impacto na vida do paciente, seja em seu aspecto físico ou em seu aspecto psicológico. O presente estudo tem como objetivo principal analisar o sofrimento psíquico de pacientes diante da cirurgia de revascularização do miocárdio. Para a realização deste estudo, utilizou-se como metodologia a pesquisa qualitativa, de caráter explorativo e descritivo. Os dados foram coletados na Fundação Pública Hospital de Clínicas Gaspar Vianna, nas clínicas: cirúrgica, UCA, e SAT. Utilizou-se como instrumento entrevista semi-estruturada e observação sistemática. Foram entrevistados 10 (dez) pacientes em período pré-operatório com indicação para cirurgia de revascularização do miocárdio. Realizou-se a análise dos dados através da análise do conteúdo. Os dados foram analisados através do referencial teórico da psicanálise e demais autores da psicologia da saúde, de modo a gerar um texto reflexivo, articulando psicologia e cardiologia. Verificou-se através dos dados obtidos com os participantes os sentimentos vivenciados diante da cirurgia de revascularização do miocárdio. Os dados revelam que os sujeitos percebem a cirurgia cardíaca como um confronto inevitável com a possibilidade de morte. A maioria destes vivencia grande sofrimento psíquico. Além disso, no estudo constatou-se que há déficit de conhecimentos sobre o procedimento cirúrgico, demarcando a importância das orientações pré-operatórias. Espera-se que este estudo contribua de maneira positiva para um melhor entendimento sobre o paciente, considerando não somente os aspectos físicos, mas também os psíquicos.
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    A compreensão dos profissionais de saúde em relação aos cuidados paliativos de pacientes com insuficiencia cardíaca
    (2019) ROCHA,Teresa Cristina Farias; GUEDES, Francislane Flâmia Inácio e
    A insuficiência cardíaca é uma doença na qual o coração não consegue mais bombear sangue suficiente o resto do corpo, não conseguindo suprir as suas necessidades. Os sintomas mais frequentes são: fadiga, fraqueza, desmaios, perda de apetite, indigestão, e vários outros. O manejo desses sintomas e o cuidado com esse paciente representa um grande desafio às equipes de saúde. As apontam que pacientes com Insuficiência Cardíaca (IC) recebem menos Cuidados Paliativos do que os pacientes que sofrem de doenças malignas. Os pesquisadores descobriram que isso pode estar relacionado à falta de conhecimento sobre Cuidados Paliativos, falta de comunicação entre a equipe, bem como o curso cíclico da o que torna difícil o prognóstico. Este estudo tem objetivo averiguar a compreensão dos profissionais de saúde em relação aos cuidados paliativos em pacientes com Insuficiência Cardíaca. Trata-se de uma pesquisa não experimental, descritiva, transversal, com abordagem qualitativa. A pesquisa foi desenvolvida em um hospital público de alta complexidade no município de Belém- Pa. A amostra é composta trinta e dois profissionais de saúde, os questionários foram aplicados em quatro profissionais de cada especialidade: médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, psicólogos, assistentes sociais, nutricionistas, terapeutas ocupacionais e fonoaudiólogos, que lidam diariamente com pacientes cardiopatas internados nesta instituição. Como instrumento para coleta dos dados foi utilizado um questionário, sendo a primeira parte composta pelos dados sócio-demográfico e a segunda deu subsidio para a análise de conteúdo da temática, por meio dos três temas centrais: Os profissionais de saúde frente à morte e o morrer; Cuidado paliativo e a equipe multidisciplinar e Cuidado paliativo e Insuficiência Cardíaca. Os resultados apontam que o maior obstáculo na implementação dos Cuidados Paliativos é a falta de conhecimento a respeito do assunto. Isso gerou distorção no conceito de Cuidados Paliativos, os profissionais entendem que esses cuidados estão associados a pacientes em iminência de morte. Outra observação constatada, refere-se à percepção que os profissionais têm de não se sentirem suficientemente preparados para lidar com pacientes em cuidados paliativos.