Psicologia
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Navegando Psicologia por Autor "SANTOS, Brena Maués de Souza"
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- ItemInternação compulsória e saúde mental: a percepção dos profissionais de saúde sobre esta relação(2015) SANTOS, Brena Maués de Souza; LINS, Cristina Bastos Alves LinsA monografia Internação Compulsória e Saúde Mental: A Percepção dos Profissionais de Saúde sobre esta Relação é o resultado das inquietações suscitadas com a Residência Multiprofissional em Saúde Mental. Objetivou-se investigar como os profissionais da emergência psiquiátrica de um Hospital Geral pensam e sentem em relação à internação compulsória do dependente químico neste serviço. Dessa maneira foi realizada pesquisa qualitativa e análise documental, utilizando-se a metodologia de Estudo de Caso. Para Yin (2005), consiste em uma investigação empírica, que visa conhecer o "como" e os "porquês" evidenciando-se assim o caráter único das coisas. Participaram do estudo 20 profissionais, entre eles: Psicólogos, Assistentes Sociais, Terapeutas Ocupacionais, Enfermeiros, Técnicos de Enfermagem e Médicos Psiquiatras. Para coleta de dados, foram realizadas entrevistas individuais utilizando duas questões norteadoras - o que você pensa a respeito do usuário de drogas? E o que você pensa e sente em relação à internação compulsória do dependente químico nesta emergência psiquiátrica? As entrevistas foram transformadas em narrativas e em seguida analisadas construindo-se o Estudo de Caso. Na análise dos dados foi possível observar que estes profissionais compreendem o dependente químico sob dois olhares: os que escolherem utilizar as drogas e que são vistos como culpados. E os que por falta de oportunidades e necessidade de preencher um vazio existencial utilizam a droga como válvula de escape, estes são absolvidos da acusação e merecedores de cuidado e oportunidades. No que corresponde a internação compulsória concordam com este tipo de internação quando há risco de vida, mas sentem-se impotentes e indignados diante da perda de controle da equipe sobre as decisões a serem tomadas. Sentem medo de serem agredidos e do histórico de transgressões desses sujeitos. Diante disso precisamos nos apropriar do longo processo pelo qual foi necessário para a construção da Reforma Psiquiátrica, da Lei 10.216, dos respectivos serviços de atenção psicossocial, de todos os dispositivos que oferecem suporte ao portador de sofrimento mental, caso contrário, continuaremos naturalizando pensamentos e condutas que ferem a garantia de direitos desses cidadãos.