Psicologia
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Navegando Psicologia por Autor "LINS, Cristina Bastos Alves"
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- ItemConstruindo saberes sobre transtorno mental com a família do paciente do setor de internação breve da Fundação Hospital de Clínicas Gaspar Vianna(2014) DIAS, Rachel de Siqueira; LINS, Cristina Bastos AlvesCom as políticas públicas de desinstitucionalização, surgem novas formas de cuidado, a família está inserida nessa proposta. Ela foi por muito tempo destituída do lugar de cuidadora, e hoje lhe é atribuído não só o dever do cuidado, sendo fundamental na ressocialização, adesão ao tratamento e redução de recidivas. Pretendemos aqui identificar os saberes da família acerca do transtorno mental, sua origem, sintomas, formas de tratar. Foram realizados 08 grupos, com 40 famílias, lançado mão de perguntas norteadoras. Essas falas, transformadas em relatos, serão apresentados como saberes, analisados a partir do referencial teórico. A relevância desta pesquisa está na identificação, acolhimento, e valorização dos saberes e usá-los como instrumentos para mudar condutas, aprimorando dispositivos de atenção. O resultado sobre o entendimento do transtorno mental se apresenta como manifestação espiritual, estranhamento, comportamento errado, descontrole, doença incurável, que necessita de medicação. Sua manifestação se dá a partir de mudanças de comportamento, de eventos estressores, hereditariedade, necessitando de internação. A dificuldade de lidar com os sintomas, se dá por conta da dificuldade de adesão ao tratamento, não aceitação da cronicidade, e sintomas como agressividade que gera medo. As formas de lidar se relacionam à aceitação do transtorno, à necessidade de internar, medicar, cuidar na família, mas com estrutura, o tratamento espiritual. O tratamento dentro da rede de Serviços aparece como prioritário e voltado somente para situações de crises. Havendo uma dicotomia, bom serviço, relacionado a internação, prestado numa estrutura física ruim. Tratamento inadequado de alguns funcionários com o paciente e com os próprios familiares. Sobre o que fazem em situação de crise aparece à internação, em raras falas aparecem formas substitutivas, não estando assimiladas pelas famílias escutadas. Na qualidade da assistência se referem à estrutura física e o tratamento dispensado como ponto negativo. Concluindo, espera-se que os saberes desses familiares sejam valorizados e que seja dada continuidade ao grupo de família.
- ItemFormação de subjetividade nas relações institucionais: percepção e sentimentos das pessoas em sofrimento psíquico internadas em um setor de internação psiquiátrica breve(2016) DEL CASTILLO, Luciana Silva; LINS, Cristina Bastos AlvesEsta monografia se propõe a discutir a produção da subjetividade nas relações institucionais das pessoas que estavam internadas em um setor de internação breve de um hospital geral na cidade de Belém/ PA. As relações institucionais dentro do contexto da assistência psiquiátrica se configuram como relações que estão em permanente constituição e ordenação, entre aquilo que está previsto nas leis que constituem a nova forma de tratamento em saúde mental, e aquilo que de fato está sendo realizado na assistência psiquiátrica, no seu cotidiano. A pesquisa buscou compreender de que forma essas relações produzem modos de subjetivação nas pessoas internadas nesse setor. A motivação em realizar essa pesquisa foi através da experiência profissional da pesquisadora. No decorrer da pesquisa, foi descrito o percurso da medicina psiquiátrica e sua forma de assistência hospitalar, em seguida, a constituição de subjetividades nas relações institucionais. A coleta de dados foi realizada no Hospital de Clínicas Gaspar Vianna, Hospital Geral que atende especialidades como Cardiologia, Nefrologia e Saúde mental. Foram realizados 7 grupos, no total de 30 participantes, foram feitos relatos dos grupos e posteriormente a discussão com base no referencial teórico de autores como Goffman (2010) e os trabalhos de Foucault sobre relações de poder e modos de subjetivação. Considerando as categorias das análises como: Crise, Reconhecimento do transtorno, Normalidade e Tratamento, apresentadas pelo estudo, as especificidades de cada participante não podem ser generalizadas, então apresentamos as histórias dos participantes dentro da assistência e como a instituição loucura os atravessa. A partir dessa análise compreendemos que a assistência psiquiátrica produz pessoas submetidas à norma da razão e da verdade psiquiátrica, se reconhecem como portadoras de um transtorno com comportamentos diferentes da normalidade, que necessitam ser medicadas e internadas apesar de perceberem as inadequações da forma como são avaliadas e tratadas. Descobrimos que apenas uma minoria se permite discutir e questionar o tratamento recebido e demonstra resistência a essa relação de saber-poder, lutando para ser sujeito da sua própria história.
- ItemPsicologia e saúde mental: produção de cuidado em clínica psiquiátrica de hospital geral no Sistema Único de Saúde na Amazônia(2017) MATOS JUNIOR, Herbert Tadeu Pereira de; LINS, Cristina Bastos AlvesMonografia de conclusão do curso de residência multiprofissional em saúde com área de especialidade em saúde mental, apresentou como objetivo conhecer os processos de trabalho dos profissionais de psicologia de uma clínica psiquiátrica de hospital geral dentro da perspectiva do atendimento psicossocial em saúde mental no Sistema Único de Saúde. A pesquisa acompanhou o processo de trabalho das equipes multiprofissionais e realizou entrevistas individuais semi-estruturadas com os profissionais de psicologia dos setores para desenvolver uma análise coletiva sobre trabalho e práticas de cuidado no SUS. A metodologia de pesquisa em saúde é qualitativa, baseada na utilização das técnicas de observação participante e entrevistas individuais semi-estruturadas. Nesse processo, analisa de que maneira e em que medida, o trabalho do psicólogo pode constituir-se como um dispositivo de promoção de autonomia e protagonismo social na clínica em saúde mental. Algumas das temáticas predominantes no estudo de atuação do psicólogo em saúde mental pública surgida foram: formação profissional para o serviço e práticas de cuidado da psicologia nos contextos do SUS. Observa-se maior difusão sobre o modelo de cuidado psicossocial em saúde entre os profissionais dos setores pesquisados, contudo, ainda continua sendo muito importante a ampliação dessa lógica para as equipes e serviços de saúde, pois a realidade é de urgente necessidade de facilitação do acesso à saúde aos portadores de sofrimentos psíquicos no SUS.
- ItemUm hospital geral e suas concepções da loucura(2015) CARVALHO, Jhéssica Dias de; LINS, Cristina Bastos AlvesA monografia intitulada "Um Hospital Geral e suas concepções da loucura" objetivou conhecer as concepções acerca da loucura produzidas por diferentes profissionais que compõem a Fundação Hospital de Clínicas Gaspar Vianna, especificamente por profissionais que não dispõem de experiências nas áreas da Psiquiatria e/ou Saúde Mental. Dessa maneira, a pesquisa tem caráter qualitativo e descritivo, a partir principalmente da Análise do Discurso proposta por Michel Foucault e dos seus estudos acerca da História da loucura. A coleta de dados se deu em três encontros denominados de grupos de conversação, com duração de 90 minutos cada um. Estes encontros aconteceram dentro da instituição hospitalar, com a participação dos profissionais da Clínica Médica, da Clínica Cirúrgica e do Serviço de Apoio Diagnóstico. A facilitadora dos grupos se utilizou de algumas perguntas norteadoras para provocar a conversação, que tinha como tema central loucura. A partir da conversação, aconteceu a contação de histórias e, consequentemente, saberes foram construídos possibilitando conhecer as concepções da loucura e do louco, a partir das histórias que contaram os três grupos de conversação. Na análise destes, foi possível identificar os discursos relacionados às seguintes temáticas: a) a loucura como distúrbio, transtorno e descontrole: b) o louco como alguém que gera medo e insegurança: c) o tratamento: e, d) a Reforma Psiquiátrica. Foi possível identificar que apesar das conquistas alcançadas a partir da Reforma Psiquiátrica, muitos dos modelos vigentes em séculos passados perduram nas concepções da loucura que os profissionais apresentam ainda hoje. Com isso, nota-se que as estruturas dos manicômios permanecem instaladas, seja em sua concretude, seja na mentalidade das pessoas, as quais continuam a acreditar que o louco precisa ser controlado, normalizado, equilibrado para atender as demandas sociais.