Clínica Médica
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Navegando Clínica Médica por Autor "SOUSA, Ely Maria Neves de"
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- ItemAnálise ecocardiográfica do fator tempo no tratamento de pacientes com infarto agudo do miocárdio(2011) SOUSA, Adriane Lilian de Oliveira Liberal; ALMEIDA, Ronaldo Oliveira de; SOUSA, Ely Maria Neves deO infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST (IAMCSST) caracteriza-se por um processo de isquemia determinado pela oclusão trombótica total coronariana, sendo uma das principais causas de morte. Assim, o tempo desde o início dos sintomas (oclusão da artéria coronária) até a instituição do tratamento (reperfusão mecânica ou química) é fator fundamental para o benefício do tratamento, tanto imediato quanto tardio. Deste modo, o estudo tem por objetivo determinar o impacto da relação entre o tempo de início dos sintomas isquêmicos e a efetivação do tratamento sobre os achados ecocardiográficos, com base em análises realizadas nas primeiras 24 horas e após 30 dias do evento agudo. A pesquisa foi realizada através de entrevista, utilizando formulário padronizado, com 40 pacientes atendidos no Serviço de Urgência Cardiológica do HCGV com IAMCSST submetidos a tratamento percutâneo, no período de janeiro a outubro de 2011. Para a análise estatística os pacientes foram divididos em dois grupos: GA com tempo de até 6 horas entre o início dos sintomas até o tratamento; GB com mais de 6 horas. Desta forma, observou-se que na análise da função segmentar do GA, com ecocardiograma realizado nas primeiras 24 horas após o evento agudo, apenas 8% apresentavam função preservada e a maioria (56%) apresentava hipocinesia; já na avaliação realizada após 30 dias, os pacientes com função preservada aumentaram para 40% e nenhum paciente apresentou discinesia, obtendo significância estatística. Contudo, no GB não houve evidências que indicassem a real melhora da função segmentar com o tratamento percutâneo, não obtendo significância estatística. Em relação à fração de ejeção do VE (FEVE) observou-se que os dois grupos, após 30 dias, apresentaram real melhora em relação ao estado em que se encontravam na avaliação realizada até 24 horas: Grupo A (p-valor = 0.0028*, altamente significante) e Grupo B (p-valor = 0.0269*, estatisticamente significante). No GA, em média, a FE variou de 52.2% para 60.6%, já no GB variou de 57.6% para 62.2%. A avaliação do DDVE e DSVE mostrou que os dois grupos, após 30 dias, não apresentaram diferença em relação ao estado em que se encontravam na avaliação realizada até 24 horas. Concluímos, portanto, que o benefício do tratamento percutâneo quanto à melhora da contratilidade miocárdica ocorreu no grupo com o tempo de até 6 horas entre o início dos sintomas isquêmicos até a reperfusão, sem melhora significativa da função segmentar no grupo com tempo maior que 6 horas. Contudo, houve aumento da FEVE e ausência de dilatação ventricular nos dois grupos após 30 dias do IAM.