Crianças com cardiopatia congênita que aguardam cirurgia eletiva em uma Fundação Pública Hospitalar e a intervenção do Assistente Social frente ao desafio da garantia do direito à saúde
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2019
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Resumo
O presente estudo faz uma discussão acerca das crianças com cardiopatia congênita que aguardam cirurgia eletiva em uma fundação pública hospitalar e a intervenção do assistente social frente ao desafio da garantia do direito à saúde. Assim Objetivou analisar o fluxo de internação da cirurgia eletiva cardiopediátrica na Fundação Pública Estadual Hospital de Clínicas Gaspar Vianna (FPEHCGV) e refletir sobre o papel do assistente social frente a garantia do direito à saúde. Foi desenvolvido durante a vigência do curso de Residência Multiprofissional em Saúde da Universidade do Estado do Pará (UEPA), visto que o mesmo é parte dos requisitos exigidos para a obtenção de título de especialista na área de Atenção à Saúde Cardiovascular- A pesquisa foi desenvolvida com base no método dialético, tendo como aporte metodológico 0 estudo de abordagem quanti-qualitativa, a qual investigou elementos objetivos e subjetivos do fenômeno abordado, a primeira possibilitou o levantamento e informações de uma lista atualizada de crianças que esperam intervenção cirúrgica a FPEHCGV pelo período de 2008 a 2017, a segunda através da aplicação das entrevistas semiestruturadas com os pais ou responsável legal da criança cardiopata e com os assistentes sociais, as entrevistas com os pais ou responsável legal se instituiu com base na amostra de 10% (dez por cento) referente a lista atualizada. Assim foram entrevistados 20 (vinte) participantes de uma lista de 209 (duzentos e ove) crianças cardiopatas. A conclusão desse processo mostrou: 463 (quatrocentos sessenta e três) crianças cardiopatas aguardando em uma lista geral cirurgia cardíaca, com os contatos realizados por telefone, foram contactadas 293 (duzentos noventa e três) crianças, que deste quantitativo somente 209 (duzentos e nove) crianças esperam a cirurgia eletiva na instituição hospitalar, as 88 (oitenta e oito) crianças foram retiradas da lista por motivos que: 37 (trinta e sete) delas já haviam realizado o procedimento cirúrgico na FPEHCGV, 15 (quinze) crianças tinham evoluído à óbito, 12 (doze) o contato de telefone não pertencia a nenhum membro da família, 10 (dez) crianças com idade > 13 anos. 9 (nove) usuários realizaram a intervenção cirúrgica em outro Estado, 3 (três) delas internou no período da pesquisa, (uma) com alta da cardiopediatria e 1 (uma) não possuía diagnóstico para cirurgia. A pontou que 166 (cento e sessenta e seis) crianças não foram localizadas, resultando os contatos finalizados sem sucesso. Com relação aos assistentes sociais, foram entrevistados 03 (três) profissionais, atuantes ou que já atuaram no setor da cirurgia eletiva do Serviço de arquivo médico e estatístico (SAME). O estudo se estabeleceu também por meio da pesquisa bibliográfica, documental e de campo, o levantamento bibliográfico priorizou os estudos a respeito da política de saúde brasileira, a FPEHCGV como uma instituição de referência em cardiopediatria no SUS que presta assistência à saúde na média e alta complexidade e o Serviço na área da saúde pública. Também se averiguou o documento de 2009 da FPEHCGV do setor SAME que traz a caracterização da instituição hospitalar. A pesquisa de se estabeleceu inicialmente na sala do Serviço Social da cirurgia eletiva do SAME, por meio da realização de contatos via telefone para as 463 (quatrocentos e sessenta e três) crianças e posteriormente no setor do serviço de ambulatório (SAM) na sala do Serviço Social com os pais ou com o responsável legal da criança cardiopata, de acordo com os retornos das crianças em consultas médicas em cardiologia ou de outras especialidades. E com os/as assistentes sociais, a entrevista ocorreu em sala reservada nos setores em que os profissionais atuam, e excepcionalmente em outros locais da instituição, quando a entrevista se tornava inviável. A pesquisa apontou os desafios enfrentados pela criança cardiopata e seu núcleo familiar enquanto aguardam pela convocação para a realização da intervenção cirúrgica. Apresentou as principais dificuldades encontradas pelo assistente social frente ao fluxo de internação para cirurgia eletiva cardiopediátrica. Elucidou as contribuições do assistente social frente a demanda da criança cardiopata, com sua prática embasada no projeto ético político do Serviço Social.
Descrição
Palavras-chave
Criança com cardiopatia congênita; Cirurgia eletiva; Serviço social.
Citação
PEREIRA, José Maurício Soares. Crianças com cardiopatia congênita que aguardam cirurgia eletiva em uma Fundação Pública Hospitalar e a intervenção do Assistente Social frente ao desafio da garantia do direito à saúde. Monografia (Programa de Residência Multiprofissional em Atenção à Saúde Cardiovascular) – Fundação Pública Estadual Hospital de Clínicas Gaspar Vianna; Universidade do Estado do Pará. Belém, 2019.