Navegando por Autor "RIBEIRO NETO, Manoel Bastos"

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    Incidência de nefropatia por contraste no serviço de hemodinâmica de um hospital público do Norte do país
    (2024) SENA, Ana Erislene Lima de; RIBEIRO NETO, Manoel Bastos; CABEÇA, Ana Lydia Ledó de Castro Ribeiro
    A nefropatia induzida por contraste (NIC) é a condição na qual um comprometimento da função renal ocorre após o uso endovascular de meio de contraste, na ausência de qualquer outra etiologia alternativa. Em procedimentos com administração de contraste arterial o risco de nefropatia por contraste é muito maior em comparação com a administração venosa. Entretanto, o aparecimento de NIC depende da presença de fatores de risco associados. Este estudo teve por objetivo determinar a incidência de nefropatia causada por uso do contraste iodado na Fundação Hospital de Clínicas Gaspar Vianna (FHCGV). Tratou-se de um estudo de caráter retrospectivo do tipo transversal, analítico, descritivo obtido através do banco de dados dos arquivos do Serviço de Hemodinâmica da FHCGV, dos resultados de exames pré e pós exposição ao contraste radiológico endovascular. Durante o período de janeiro a junho de 2019, foram avaliados 261 pacientes que preenchiam os critérios e inclusão no estudo e foi observado que 136 (52,1%) desenvolveram NIC, sendo sua maioria do sexo masculino. Notou-se ainda que cerca de 80% dos casos tiveram a hipertensão arterial sistêmica (HAS), a diabetes mellitus (DM) e a doença renal como sendo as três principais patologias previamente associadas ao desenvolvimento de NIC. Sendo que a associação de HAS e DM estavam presentes em 72,05% dos casos. A maioria dos casos de NIC, 48,65%, foi relacionada ao cateterismo com angioplastia. Apenas 56 (21,4%) fizeram alguma medida preventiva para o desenvolvimento de NIC. A maioria destes, 48 casos (18,4%), recebeu hidratação venosa com solução salina 0,9%. Notou-se ainda a associação do uso de medicações em pacientes que desenvolveram NIC, destacando-se o uso de alguns anti hipertensivos e hipoglicemiantes orais. Assim concluiu-se que a NIC esteve presente em um número significativo de pacientes que realizaram procedimentos neste serviço e que apesar de ser referência em atendimento em cardiologia e nefrologia, não foi identificado, naquele serviço, protocolo para prevenção de NIC.