Navegando por Autor "MORAES, Heitor Tulio Silva de"

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    Análise da associação entre o tempo de internação em unidade de terapia intensiva e a mortalidade de pacientes com síndrome coronariana aguda
    (2021) MORAES, Heitor Tulio Silva de; SILVA, Rosana Moreira da
    INTRODUÇÃO: A síndrome coronariana aguda (SCA) é um evento cardiovascular causado pela oclusão ou redução do fluxo coronariano. A gravidade dos casos influencia diretamente na demanda do paciente por cuidados intensivos. OBJETIVO: Este estudo teve por objetivo analisar a associação entre o tempo de internação (TI) em UTI e a mortalidade de pacientes com SCA durante um acompanhamento de 30 dias e 6 meses pós alta hospitalar. MÉTODO: Trata-se de um estudo transversal, retrospectivo, de abordagem quantitativa, descritiva, analítica, que foi conduzido na Fundação Hospital de Clínicas Gaspar Vianna — FHCGV, no nordeste do Pará. Os dados foram extraídos do estudo multicêntrico de Boas Práticas Clínicas em Cardiologia (BPC). As variáveis sociodemográficas utilizadas neste estudo foram: sexo, raça, escolaridade e renda familiar. As variáveis clinicas utilizadas foram: hipertensão arterial, diabetes, dislipidemia, acidente cerebrovascular, doença arterial coronariana (DAC), IAM prévio, fibrilação atrial (FA) ou flutter atrial, DRC, tabagismo, TI em unidade de terapia intensiva. As variáveis utilizadas para o acompanhamento clínico durante os primeiros 30 dias e 6 meses foram: óbito, admissão em algum serviço de emergência (SE) por mais de 24 horas, quantas vezes isto ocorreu e se foi realizado algum procedimento cardiológico durante estas internações. Os participantes foram divididos em dois grupos para a associação entre o TI em UTI e a mortalidade, que são: pacientes com TI em UTI ≤ 10 dias e pacientes com TI em UTI ≥ 11 dias. RESULTADOS: Participaram deste estudo 351 pacientes com diagnóstico confirmado para SCA. A maioria dos pacientes observados foi do sexo masculino (75,2%). Houve associação negativa (p-valor = 0,87) entre a mortalidade e o TI em UTI durante os primeiros 30 dias pós alta hospitalar. Foi observada associação positiva (p-valor = 0,03) entre a mortalidade e o TI em UTI quando comparados os grupos com TI ≤ 1O dias e o grupo com TI ≥11 dias. Houve associação positiva (p-valor = 0,04) quando comparado a mortalidade entre os grupos durante todo o período de acompanhamento pós alta hospitalar. CONCLUSÕES: Apesar de o TI em UTI ainda não ser utilizado como preditor de gravidade para casos de SCA, é possível associarmos o aumento do TI em UTI com a piora do prognóstico durante os primeiros 6 meses alta hospitalar. Houve aumento da mortalidade entre pacientes com TI 211 dias, sugerindo que a redução do TI em UTI deve estar incluída entre as metas assistenciais para pacientes com diagnóstico de SCA.